Médico veterinário está entre os envolvidos em rinha de galo em Passos
O veterinário e outras seis pessoas são acusados de praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais - a pena para esses crimes são de três meses a um ano de cadeia.
Todos os envolvidos foram multados de acordo com a lei de crimes ambientais. Um foi multado em 300 unidades fiscais do estado de Minas Gerais (Ufemg), que corresponde R$ 1.511,07 e os outros seis a 500 Ufemg, no valor de R$ 2.518,45.
Além do médico veterinário de Franca, foram multados um marceneiro de Passos, de 31 anos; dois agricultores de Muzambino, de 61 e 39 anos, que são pai e filho; um comerciante de São José da Barra, de 37 anos, um queijeiro de Piumhi, de 34 anos, e um agricultor de Passos, de 30 anos.
Outras pessoas que estavam no local conseguiram fugir por meio de áreas de vegetação, mas a polícia identificou quatro automóveis que estavam no local e teriam sido deixados por suspeitos que evadiram.
O crime
De acordo com informações da PM, após uma denúncia anônima que apontava a ocorrência de uma rinha de galo em um sítio próximo ao km 343 da BR-146, na zona rural de Passos, os policiais foram até o local, por volta das 7h20, e avistaram um barracão com carros em volta. No momento da chegada, segundo a PM, houve um grande alvoroço e os policiais ouviram barulho semelhante a estampido de arma de fogo. Os policiais conseguiram conter parte dos suspeitos e outros fugiram por uma área de mata.
No barracão, os policiais encontraram uma rinha armada, em formato de ringue, com marcas de sangue e penas e com bancos em volta, 20 galos da raça Índio, todos com mutilações como remoção de barbela e parte da crista e penas das pernas arrancadas. No local foram encontrados medicamentos, agulhas, biqueiras de metal e esporas de plástico, usadas, segundo a polícia, para tornar os animais mais letais durante as brigas.
Segundo a PM Mamb, dois suspeitos de Passos assumiram a preparação e coordenação das rinhas de galo. Segundo o relato, o “promotor” do evento, que é filho do dono do sítio onde ocorreu o flagrante, ganharia dinheiro com a venda de alimentos e bebidas dos “frequentadores”. Em relação a apostas, os dois afirmaram não saber sobre o assunto e que elas ficariam a cargo dos participantes nas brigas de galo.
Os animais apreendidos aparentavam grande estresse e muita agressividade, segundo a polícia. As aves foram para o centro de ressocialização de galos da Universidade de Formiga, e os sete suspeitos assumiram o compromisso de comparecer perante o Juizado Especial da Comarca de Passos. Segundo a PM Mamb, os galos foram avaliados em 100 Ufemg cada (R$ 503,69) e o restante do material aprendido em mil Ufemg (R$ 5.036,90). (Com Clic Folha)