Operação Contrafactual apura desvio de recursos e uso de notas fiscais falsas em uma empresa cerealista de Passos

Durante a operação, foram apreendidos documentos, aparelhos celulares e outros materiais que servirão para aprofundar a apuração dos fatos

7 Out, 2025 - 11:28
Operação Contrafactual apura desvio de recursos e uso de notas fiscais falsas em uma empresa cerealista de Passos
Fotos: PCMG/Divulgação
Operação Contrafactual apura desvio de recursos e uso de notas fiscais falsas em uma empresa cerealista de Passos

Na manhã desta terça-feira, 7 de outubro, a Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a uma investigação que apura desvio de recursos e uso de notas fiscais falsas em uma empresa cerealista de Passos.

A ação integra a Operação Contrafactual, instaurada para apurar indícios de apropriação indevida de valores que superam R$ 1,5 milhão, além da utilização de documentos fiscais sem respaldo em operações reais de compra e venda.

Segundo as investigações, o esquema envolvia a emissão de notas fiscais “frias” para justificar movimentações financeiras e manipulação de balanços, possibilitando o uso irregular de cheques e depósitos bancários.

O caso também aponta para o envolvimento de um funcionário do Sindicato Rural (SINRURAL) de Passos, cuja atuação foi considerada essencial para a emissão dos documentos fiscais utilizados no esquema.

Como resultado das medidas cautelares, a Polícia Civil obteve o afastamento do referido funcionário de suas funções.

O nome da operação, Contrafactual, faz referência à estratégia dos investigados de criar uma realidade paralela — sustentada por notas fiscais e registros contábeis fictícios — para ocultar a inexistência de produção agrícola e justificar movimentações financeiras que, na prática, não correspondiam a negócios efetivos.

Durante a operação, foram apreendidos documentos, aparelhos celulares e outros materiais que servirão para aprofundar a apuração dos fatos.

“A investigação busca descontinuar um sistema que simulava operações rurais inexistentes para gerar lastro contábil falso e movimentar recursos de origem ilícita. Nosso objetivo é garantir que práticas fraudulentas como essa sejam identificadas e interrompidas, protegendo a competitividade do mercado e a sociedade”, destacou o delegado responsável pelo caso, Felipe Capute.

A investigação segue em andamento.