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Cultura

Violinista guaxupeano se tornou artista e conquista sucessos

quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Violinista guaxupeano se tornou artista e conquista sucessos Fotos: Arquivo pessoal

O guaxupeano Danilo Dutra já era músico na adolescência, aos 11 anos. Ele se deu bem como sanfoneiro e tecladista de banda, mas o que recebia por mês era pouco. Antes de procurar um trabalho ou emprego convencional, Danilo pediu a Deus para não abandonar a área artística, e buscou alternativas. Gravou um vídeo para casamento, tocando teclado ao lado de um cantor. A divulgação segmentada no Facebook não alcançou o resultado financeiro esperado. Ele descobriu que havia muitos músicos nessa área.
Foi então que o amigo Jhonatan Siqueira o aconselhou a tocar violino, que ainda é um instrumento diferenciado e sem muita concorrência. Um saxofonista na região, que fazia sucesso apenas com o sax, serviu de exemplo.
“Parece que Deus me deu uma luz”, lembra Danilo. Ele só não sabia como conseguir um violino e um professor. A solução veio através do vizinho Leandro Santos, que tinha um violino simples. Danilo pediu o instrumento emprestado por um mês. Estava determinado a aprender o básico, assistindo aulas no Youtube. Depois, deixou de ser autodidata e teve aulas com um professor, por oito meses. Aprimorou o que já sabia e se capacitou mais.
Hoje, aos 30 anos, ele vive da música, depois que criou a identidade artística Danilo Dutra violinista. Mas não se limitou ao violino. Investiu tempo e recursos para se tornar um artista completo. Segundo Danilo, um artista precisa ter repertório musical; adotar figurinos e saber cuidar da aparência; e ainda produzir materiais de divulgação.
Para se diferenciar no mercado musical, o primeiro desafio foi mudar a imagem do violino, associada à música romântica e casamentos. Com o objetivo de popularizar o instrumento, o guaxupeano se inspirou em uma violinista carioca e um músico de Belo Horizonte, que apostaram na diversão musical. Na versão violino, Danilo passou a tocar rock, pop, mpb, forró, sertanejo, eletrônico, funk e músicas de determinadas épocas.
Em uma hora e meia de show, ele incluiu duas ou três músicas de cada estilo, para agradar diferentes públicos. “Eu tenho a sensibilidade, eu me preocupo com a senhorinha de 80, 90 anos que está me assistindo e também com o jovem de 15 anos. É difícil um show meu que não agrada muita gente.” A escolha certa do repertório certo faz parte desse sucesso. Danilo ficou conhecido por tocar Bee Gees e Elvis Presley ao violino.
 
Halleluyah na pandemia
Esse formato musical eclético possibilitou apresentações em eventos diversos. Ele já tocou no Fest Malha, em Jacutinga ,e na Felinju, de Juruaia, que teve a participação do governador Romeu Zema. Em São Paulo, se apresentou no Miss Brasil. Na região sulmineira, esteve em Varginha, Alfenas, Caxambu, Nova Resende, São Sebastião do Paraíso e, principalmente, Guaxupé, onde participa de eventos, toca em restaurantes e outros espaços. Ainda dá tempo de ser professor de violino.
Na pandemia, Danilo não se restringiu a fazer lives na internet. Sem patrocínio, ele assumiu a produção de um clipe com imagens aéreas da Catedral de Guaxupé. Usou um figurino adequado no vídeo e acreditou que a música Halleluyah traria uma mensagem de fé em tempos de coronavírus.
“Graças a Deus, o clipe está com mais de 100 mil visualizações. Todo dia cresce um pouquinho. Ganhei muitos seguidores, do Brasil todo. Teve mais de 2.500 compartilhamentos de pessoas de fora da cidade. Atingiu uma proporção nacional e até fora do país. Recebi mensagens de pessoas do México.”
Como resultado, as lives de Danilo pós-vídeo foram assistidas por fãs que ele nem conhece, de diferentes lugares. Ele se mostra preparado para mais conquistas. “Todo dia eu acordo com fé em Deus, que eu vou fazer o meu melhor, que o sucesso vai chegar na minha vida. E eu trabalho muito pra isso. E só estou só no início da carreira.”

Confira as Fotos

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