Guaxupé, sábado, 27 de abril de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Natal: Onde está Jesus?

sábado, 23 de dezembro de 2023
Natal: Onde está Jesus? Foto: Screenshot

Natal deveria ser época de silêncio, profunda oração, grata contemplação, serenidade, modéstia, discrição, humildade e simplicidade.
 
Quer dizer, palavras e gestos coerentes ao milagroso acontecimento: O Mistério da Encarnação do Menino Deus.
 
Mas não é nada disso que acontece na maioria dos lares...
 
Muita gente se reúne para se afeiçoar ao barulho, à tagarelice, ostentação, intromissão, indiscrição, exageros nas bebidas e na alimentação caríssima. Muitos dão vexame, antecipando a desgraça maior que ocorrerá na virada do ano e no carnaval.
 
Pessoas estressadas, cansadas, exaustas, afinal, sentem-se na obrigação de manter as aparências, e uma tola tradição de excessos que, de um dia para o outro, deslustra. Da entrada à privada.
 
Só algumas crianças se divertem. São indefesas e inocentes.
 
Já os adultos... É cansaço e reclamação.
Sim, também tem o adulto que não se incomoda com nada, zomba de tudo, debocha de todos, é o engraçadinho de plantão com suas piadinhas tediosas de sempre, se fingindo de leitão para mamar deitado, ou dando gargalhadas feito uma hiena.
 
Claro, essas palavras aqui farão com que eu receba olhares e palavras de repulsa e reprovação de muita gente. Mas minha profissão é a de retirar as máscaras, as minhas e as suas.
 
O Evangelho também faz assim com a gente: revela a nossa hipocrisia, mostra a nossa insanidade que insiste em não se comprometer com aquilo que é essencial.
 
Temos medo da Verdade, não queremos nos comprometer com o Caminho, pretendemos fazer da liberdade uma vida de libertinagem.
 
Feliz será o Natal em que a mansidão e a humildade se tornarem fontes de consciência, boa conduta e paz, fazendo da simplicidade e da partilha motivos de genuína felicidade, onde todos poderão se reunir para serenamente orar, civilizadamente agradecer e merecidamente descansar.
 
Se você leu até aqui, ficou com duas opções: Dormirá com esse incômodo barulho reflexivo provocado em sua existência, ou simplesmente ignorará.
 
A escolha é sua - e é minha também.

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