Covid-19 já matou mais mineiras que câncer de mama em 2020
Em meio aos números repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), médicos reforçam e alertam para cuidar da saúde e blindar o organismo contra ambas as doenças, mantendo a proteção contra o vírus e a prevenção ao câncer.
O alerta é ainda maior porque a pandemia de Covid-19 reflete diretamente no combate ao câncer de mama. Apenas em Belo Horizonte, a Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Minas Gerais (SBMMG) afirma que a realização de exames como mamografia caiu 80% em março e abril.
Parte da redução dos exames é atribuída a uma nota técnica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), de 30 de março, recomendando adiar o rastreamento de câncer e as consultas eletivas, para evitar contaminação pelo novo vírus.
Por outro lado, a presidente da SBMMG, Annamaria Massahud, diz que o medo de contágio impediu muitos pacientes de procurem o médico e, possivelmente, fazer um diagnóstico precoce. Ela reforça que atendimentos a mulheres que descobriram nódulos durante o autoexame não foram suspensos. “Em junho e julho houve a retomada do rastreamento, mas não está como antes. Ficamos praticamente a metade do ano sem fazer exame que detecta lesões que não são palpáveis”.
Segundo os especialistas, a sobrevida nos casos descobertos precocemente chega a 98%. Mulheres que notam algum nódulo no seio ou estão com mamilo diferente, por exemplo, devem procurar ajuda o quanto antes.
O gerente de Atenção Primária à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Fernando Gonçalves, estima aumento nos atendimentos a mulheres na rede pública até o fim do ano. (Hoje em Dia)