Pré-candidatos à prefeitura de Guaranésia falam de suas propostas para o município
sábado, 15 de agosto de 2020
Paulo da Silva Carlos é o pré-candidato a prefeito pelo DEM (Foto: Cristiane Gazola)
O Jornal da Região enviou perguntas aos três prováveis pré-candidatos à prefeitura de Guaranésia: Paulo da Silva Carlos, o Paulinho da farmácia, do Democratas; Antônio de Oliveira, o “Toninho Palitó”, do Avante, e Laércio Cintra Nogueira, do MDB. Como o período eleitoral será pequeno neste ano, a população quer saber em quem estará votando através das propostas dos pré-candidatos. Dois deles enviaram suas respostas, que estamos veiculando. O pré-candidato Laércio Cintra Nogueira ainda não se manifestou e estamos aguardando o seu retorno.
1. Jornal da Região: Estamos nos aproximando do período das Convenções Partidárias, o Senhor confirma seu nome como pré-candidato a prefeito?
Paulo: Essa possibilidade já havia surgido em eleições passadas, entretanto eu sentia que ainda não era o momento. Mas agora me sinto pronto e preparado. Estou certo de que com o apoio dos guaranesianos podemos fazer muito no próximo mandato. Em conversa com minha família, meus amigos e algumas lideranças da cidade, decidi apresentar meu nome na convenção do DEM para a disputa majoritária. Este tem sido um momento de muita alegria pela possibilidade de servir a cidade de uma outra maneira.
Toninho: Eu decidi colocar o meu nome à disposição da população de Guaranésia como uma opção para transformar nossa cidade através de gestão e não de politicagem. Vimos no decorrer dos anos passados Guaranésia sendo conduzida por pessoas com cunho apenas político e isso nos fez ficar para trás das demais cidades que nos cercam, temos grandes potenciais de desenvolvimento, porém não são usados para tanto. Represento um grupo de cidadãos guaranesianos que quer e tem capacidade para transformar esta cidade, pessoas de bem que nunca tiveram oportunidade de ajudar, pois na política que sempre regeu essa cidade, o mais importante é a permanência no poder e não o desenvolvimento de nosso município. Sou empresário e sempre estive envolvido em política, hoje estou abrindo mão da gestão da empresa da minha família para me dedicar a um projeto que entendo ser bem maior, um projeto para transformar nossa cidade através de uma gestão eficiente, que respeita a legislação, o cidadão e, principalmente, o erário público. Tenho experiência em gestão, por mais de 31 anos administro empresas, e graças a Deus sempre com muita responsabilidade e trazendo resultados.
2. Jornal da Região: Na condição de pré-candidato, quem seria seu possível vice?
Paulo: Tenho a sorte de fazer parte de um grupo com grandes nomes e pessoas de muita experiência e amor pela cidade. Tanto em nosso partido, como nos possíveis partidos de uma coligação existem grandes opções. Ex-prefeito, vereadores, ex-vereadores, ex-secretários municipais, professores, lideranças comunitárias, o que não faltam são boas opções para nome de vice. Certamente poderemos contar com todas essas pessoas em um grande projeto para Guaranésia e Santa Cruz da Prata. Um dos nomes de muito peso e experiência é o do ex-prefeito João Carlos e caso seja essa a decisão dos partidos, tenho certeza que será um grande nome para somar muito em uma administração.
Toninho: Ainda não, embora já temos tratativas com algumas pessoas, mas uma coisa posso afirmar que estamos conversando com pessoas que tem envolvimento em causas sociais, que são desprovidas de interesse próprio, que possuem história de amor por nossa cidade e que não queiram barganhar politicamente, mas que queiram trabalhar muito.
3. Jornal da Região: Quais as principais realizações que o município de Guaranésia precisa para a próxima gestão?
Paulo: Os desafios do município é imenso e as necessidades do povo são muitas. Tenho vontade de ser um prefeito muito próximo das pessoas. Penso que ouvir o trabalhador, a dona de casa e o jovem nos indica muito dos caminhos. Quero organizar a gestão, profissionalizar os diversos setores para sempre podermos fazer mais com os recursos que temos. Uma nova gestão não tem que destruir o que as outras fizeram, mas aprimorar, melhorar, garantir novas oportunidades. Quero intensificar o contato com as empresas para trazermos novas oportunidades, também ampliar a parceria com o comércio e as indústrias locais. Queremos não só novos empregos, mas empregos de qualidade, que permitam uma vida digna para nosso povo de Guaranésia e do distrito da Prata. A saúde e o social também merecem atenção redobrada, onde tiver alguém sofrendo não podemos nos conformar. A educação deve ter todo carinho de um prefeito, pois é pela educação que vamos construir o futuro. Com o apoio das pessoas podemos fazer uma administração para todos e em que todos se sintam bem vindos para participar.
Toninho: A Gestão Pública é responsável pelo desenvolvimento urbano e econômico de uma cidade. No entanto para que haja eficiência na gestão correspondente à administração de um município há que se estabelecer a organização na gestão, criar missões correspondentes ao desenvolvimento que se almeja alcançar para, enfim, realizar a gestão de forma eficiente e eficaz.
Uma das palavras fundamentais para uma boa gestão pública é “excelência”. Através dela os processos de fundamentação da estrutura do município, a capacidade de administração baseada em necessidade coletiva e o controle dos valores exigidos na gestão será indispensável para a ocorrência de resultados que beneficie tanto a estrutura física do município como sua base econômica e a qualidade de vida dirigida à população local.
Vamos dar um exemplo de uma cidade cerca de 10.000. habitantes:
Salários Prefeitos e vereadores –
Valores mensais: R$ 42.000,00
Cargos comissionados –R$ 32.000- colocando apenas 8 comissionados.
Valor total mensal: 74.000,00 (Setenta e quatro mil reais)
Este valor daria para pagar 70 servidores – serviços gerais – garis – pelo salário mínimo. Servidores que trabalham diariamente com sol e chuva .
Pergunto uma administração Municipal em que prioriza seus vencimentos no Executivo, legislativo e cargos comissionados não tem como o município progredir.
O município sempre vai ser dependente do Fundo de participação que somente será para pagar a folha de pagamento. Não terá condições de realizar obras: tais como creche – escolas – porque a prioridade é os salário do Prefeito e vereadores e cargos comissionados.
“O futuro das organizações e nações dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente”
“Quem quiser governar bem um país, deve primeiro governar a sua cidade. Quem quiser governar bem a sua cidade, deve aprender a governar primeiro a sua família; e quem quiser governar bem a sua família deve aprender primeiro a governar bem a si próprio”
4. Jornal da Região: As experiências de vida dos candidatos sempre ajudam em uma administração. Das suas experiências de vida, no que pode colaborar como prefeito na próxima gestão?
Paulo: Isso é verdade, somos as experiências que temos. A primeira experiência que quero levar caso venha a ser candidato e prefeito é a de ser guaranesiano. De conhecer bem toda essa cidade, de andar por cada rua levando remédio. A vida profissional também me ensinou muito, a administrar, a saber liderar, a vencer crises e desafios. Por fim, quero levar as experiências de administrar coisas públicas que muito me ensinaram sobre a vida, sobre as pessoas e sobre a necessidade de busca do bem comum. Fui tesoureiro e presidente de várias entidades no município, além de presidente do Lions Clube de Guaranésia. Presidente da Sociedade Santo Antônio de Pádua por duas gestões, presidente e tesoureiro do CMDCA (Conselho Municipal do direto da criança e adolescente) e da Associação Comercial também por duas gestões. Acredito ter realizado um ótimo trabalho por estas entidades que presidi, e sei das necessidades que passam,fico feliz porque, se for eleito, terei a oportunidade de contribuir como prefeito para sanar parte de suas necessidades para a realização de projetos.
Toninho: Tenho 56 anos, sou casado há 30 anos, tenho três filhos e duas netas, sou Católico. Moro em Guaranésia, sou empresário há mais de 31 anos na cidade de Guaranésia, sempre estive envolvido nas lutas da população guaranesiana comecei a trabalhar com nove anos de idade como trabalhador rural sempre me dediquei ao trabalho já trabalhei também na fábrica de Tecidos Santa Margarida como tecelão onde lá me apelidaram de "Toninho Palitó" desde aquela época meu maior sonho era ser um comerciante sempre que eu saia do emprego na fábrica um grande amigo me deu a oportunidade de fazer uma experiência trabalhando junto ele no sua antiga mercearia onde com muito esforço e dedicação eu consegui conquistar tudo que tenho hoje. Sempre estive envolvido em causas sociais, serviços prestados à população e à cidade, o que muito me orgulha. Por fim tenho uma história na cidade, quem me conhece sabe que a integridade, dedicação e muito trabalho sempre pautaram a minha vida e quem não me conhece ainda, procure saber quem é Antônio de Oliveira mais conhecido como Toninho Palitó.
5. Jornal da Região: O país e os municípios passam por uma crise forte relacionada a pandemia do coronavírus. Como o senhor avalia a gestão da crise e quais as perspectivas para o próximo ano?
Paulo: Sim, ninguém poderia imaginar o tamanho do problema que nos aguardava com essa pandemia. Essa doença foi um duro golpe para todas as áreas da nossa sociedade. Penso que sobre esse tema precisamos, antes de mais nada, ser solidários. Doença não deve ser palco de brigas políticas ou disputas. É preciso ser solidário com as famílias que sentiram o drama da doença, e com os trabalhadores e empresários, que sentiram o golpe econômico. Estou certo de que todos os envolvidos estão procurando dar o seu melhor. As consequências para o próximo ano serão inúmeras e tormentosas, desde reorganizar o calendário escolar, até medidas de amparo econômico a empresas e pessoas, passando, é claro, pela organização do esquema de imunização vacinal, que esperamos se tornar realidade. Mas, se o povo assim decidir, não nos faltará vontade e empenho para contornar estes desafios.
Toninho: O resumo da história é que a saída da crise será muito difícil. A sociedade e a economia que resultarão das mudanças serão diferentes. Para um país que não crescia antes da crise e já vivia em meio a grandes bolsões de pobreza, infelizmente vamos viver ainda muito tempo com baixo crescimento, mesmo depois da recessão brutal de 2020. Para resistir a tudo isso e ainda ter um futuro, mesmo adiado, será preciso muita união e grandes lideranças, o que no momento não temos. Alguma coisa, no entanto, podemos antever como consequência das intervenções do Estado e dos efeitos da forte redução do comércio, da produção e de emprego. É bom que governos, empresas e cidadãos se preparem para o que está por vir.
