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Saúde

Em Minas, 14% dos testes para Covid-19 feitos em farmácia deram positivo

terça-feira, 1 de setembro de 2020
Em Minas, 14% dos testes para Covid-19 feitos em farmácia deram positivo Minas Gerais é o 16º colocado em porcentagem de infecções confirmadas (Foto: Alex de Jesus/O Tempo)

Estado é o segundo que mais realizou o procedimento em drogarias; exame pode ajudar no diagnóstico, mas credibilidade depende de vários fatores

Minas Gerais é o segundo Estado com mais testes rápidos para Covid-19 feitos em farmácia. Foram 92.240 exames, sendo 13.467 com resultado positivo para o coronavírus, o que equivale a 14,6% do total. Uma média de 846 exames foram feitos por dia no Estado. Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarmas) coletados de 6 de maio a 23 de agosto.  
O Estado com maior proporção de testes positivos em comparação com o número de testes realizados é o Amapá, onde 30,37% dos exames detectaram a presença de anticorpos para o coronavírus. Minas Gerais é o 16º colocado em porcentagem de infecções confirmadas, com 14,6% de testes positivos. São Paulo é o Estado em que mais testes foram realizados (262.333), mas a taxa de positivos é menor que a de Minas – 12,4%. 
Para o CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, o serviço oferecido nas drogarias serve como ferramenta no combate à pandemia. “Os testes rápidos de farmácias são indicados a partir do oitavo dia de sintomas e seguem padrão de qualidade internacional. Somente com uma boa cobertura de testagem poderemos ter uma fotografia correta da pandemia e definir estratégias de controle mais assertivas”, ressalta.  
O infectologista Estevão Urbano explica que a credibilidade do resultado do teste feito nas farmácias depende de vários fatores, como a época em que o exame é feito no paciente. “Esses testes rápidos têm pouca utilidade quando o paciente não tem sintomas, porque esses resultados não são muito padronizados. Mesmo os de melhores qualidades dão falsos-positivos, falsos-negativos, e quando o indivíduo está sem sintomas, ele pode ajudar menos e causar mais confusão”, explica.   
O especialista ainda ressalta que a qualidade do teste rápido depende também da marca do equipamento usado. “O que difere muitas vezes esses exames é a qualidade dos mesmos. Muitas marcas foram lançadas, mas algumas são muito ruins, e outras, melhores. Fica difícil fazer uma generalização porque depende de cada farmácia”, diz. (O Tempo)

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