Guaxupé, quarta-feira, 1 de maio de 2024
Política

Presidência da Assembleia de Minas poderá ser disputada por Arantes e mais dois candidatos

segunda-feira, 7 de novembro de 2022
Presidência da Assembleia de Minas poderá ser disputada por Arantes e mais dois candidatos Roberto Andrade (Patriota), Antônio Carlos Arantes (PL) e Tadeu Martins Leite (MDB) disputam a presidência da ALMG (Foto: Montagem sobre fotos de Ricardo Barbosa, Guilherme Bergamini e Luiz Santana)

Tadeu Leite seria candidato para se contrapor a Roberto Andrade e Antonio Carlos Arantes

O deputado estadual Tadeu Martins Leite (MDB) tem ganhado força nos últimos dias como candidato à presidência da Assembleia Legislativa (ALMG), embora Romeu Zema (Novo) sinalize preferência pelo atual líder de governo, Roberto Andrade (Patriota), para o posto a partir de 2023.

Também o deputado estadual Antonio Carlos Arantes (PL), atual vice-presidente da ALMG, poderá ser um dos candidatos ao cargo da presidência da ALMG.


Tadeu Martins Leite, o Tadeuzinho 
Tadeuzinho, como é chamado, tem bom diálogo e abertura não apenas com o governo e os deputados da base, mas também entre os parlamentares das demais correntes, como a oposição e os independentes.

Atualmente, ele é o primeiro secretário da ALMG, uma espécie de “prefeito”, que cuida dos assuntos administrativos, como vagas de garagem, trocas de estagiários dos gabinetes, entre outras questões.

Como consequência do cargo, Tadeuzinho tem contato frequente com praticamente todos os outros deputados, o que o coloca em posição privilegiada para articular uma candidatura presidente.

Somado ao PSDB, que rompeu com Zema, e ao próprio MDB, Tadeuzinho teria 39 votos, exatamente o necessário para ser eleito.


Roberto Andrade
Roberto Andrade conta com o apoio principalmente do secretário de Governo, Igor Eto, que afirma que, ao contrário da avaliação de seus críticos, sabe separar o que é ser deputado, o que é a ALMG e o que é governo. “Naturalmente, vou construir um diálogo entre a Assembleia e o governo, mas as prerrogativas dos deputados serão preservadas”, diz ele.

O deputado exemplifica que, quando se tornou líder de governo, pediu que Zema convocasse uma reunião com os secretários para pedir que todos os parlamentares fossem atendidos e respeitados. “Foi uma reunião até um pouco tensa porque alguns secretários não faziam esse atendimento. Eu quero promover o diálogo”, declarou Andrade.

Antonio Carlos Arantes
Há uma articulação do Palácio Tiradentes para que o outro candidato governista, Antonio Carlos Arantes (PL), desista da candidatura para apoiar Andrade. Atual vice-presidente da ALMG, Arantes tem boa relação com Zema e vê o tamanho da bancada do seu partido, com nove deputados, como fundamental para o governador ter maioria na Casa, o que seria uma vantagem de sua candidatura.

Outros possíveis candidatos 
Também na base de governo, Gustavo Valadares (PMN) e Zé Guilherme (PP) aventaram a possibilidade de disputar a presidência da ALMG, mas teriam desistido após o governo deixar claro que apoiaria Andrade. A reportagem tentou contato com Valadares e Guilherme, mas não tinha obtido retorno até o fechamento da edição.

Presidente da ALMG
Para se tornar presidente da ALMG, o candidato precisa ter apoio de 39 dos 77 deputados. A tradição é não haver disputa: o mais comum é que, após conversas de bastidores, seja firmado acordo e apenas um parlamentar se apresente como candidato no dia da votação. A reportagem também tentou contato com Tadeuzinho (MDB) e Antônio Carlos Arantes (PL), por mensagens e ligações, mas não obteve retorno. 

Oposição não tem opinião definida

Presidente do PT em Minas, o deputado estadual Cristiano Silveira destaca que a federação com o PV e o PCdoB elegeu 17 deputados, a maior bancada da ALMG, já que as três siglas são obrigadas a atuar como se fossem uma só.

Ele afirma que ainda não houve debate interno para decidir qual será a posição da federação em relação à eleição para a presidência e que é preciso ouvir a opinião dos demais parlamentares.

“Pode a federação querer apresentar um nome? Seria legítimo. A federação também pode optar por caminhar com outra candidatura. Sendo Tadeuzinho candidato, poderíamos apoiá-lo? Não vejo dificuldade. Mas, claro, tudo precedido de conversas internas e também com os candidatos sobre quais os projetos para a Mesa Diretora e para a gestão da Assembleia”, disse Silveira.

“A independência do Poder Legislativo é importante para nós. O que não queremos é que a Assembleia seja presidida por alguém 100% governista. A gente sabe que, se for assim, nós vamos ter dificuldades de avançar em algumas pautas”, acrescentou. (Com O Tempo)

 

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