Guaxupé, sexta-feira, 26 de abril de 2024
Política

Câmara: audiência pública discute o transtorno que certos moradores do Vale Verde vêm causando

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Câmara: audiência pública discute o transtorno que certos moradores do Vale Verde vêm causando Foto: Câmara Municipal de Guaxupé/Arquivo

Aconteceu na última terça-feira, 9, às 19h00, nas dependências da Câmara Municipal, uma audiência pública para discutir os supostos transtornos que determinados moradores do loteamento denominado Vale Verde, que ficou popularmente conhecido por Vale Verde, estariam causando ao bairro limítrofe, denominado “Bom Jardim de Cima”.
O evento aconteceu por iniciativa de Maria José Cyrino e contou com a presença dos também vereadores Ademir Justino, Donizete Luciano, Marcos Sarrassini e Wilson Ruiz de Oliveira, sendo que os demais deixaram de comparecer, apesar dos reiterados pedidos de Maria José. Também prestigiou o evento o assessor do presidente daquela Casa Legislativa, o advogado Márcio Antônio Gonçalves Pereira.
Por parte da administração municipal se fizeram presentes os secretários municipais, de Segurança, Márcio Nunes Teófilo; de Ação Social, Renata, e o subcomandante da Guarda Municipal, além de um grupo de moradores do loteamento denominado “Bom Jardim de Cima”.
Iniciados os trabalhos, a vereadora Maria José mencionou que o loteamento recém-inaugurado, Vale Verde, confronta com as chácaras do Bom Jardim; que no mencionado bairro residem 279 famílias com um grande número de crianças e adolescentes; que em virtude da pandemia, este grande contingente de jovens se encontra em plena ociosidade; que diante disto os mesmos têm invadido propriedades próximas, quebrando vidros, promovendo furtos, além de outros delitos, causando insegurança para os antigos moradores da região.
Segundo Maria José, antes “da ocupação do Vale Verde” estes transtornos não aconteciam, e que diante da insegurança, muitos dos proprietários de chácaras limítrofes estão instalando cercas elétricas, além de levantar a altura dos muros.
O secretário municipal de Segurança alegou que teriam sido registradas apenas seis ocorrências policiais envolvendo moradores do novo bairro, e que na eventualidade de novas ocorrências, as vítimas devem acionar a Polícia Militar através da linha telefônica nº 190 ou comunicar a Guarda Municipal através da linha 153.
Maria José sugeriu a instalação de um posto da Guarda Municipal naquele bairro, porém o secretário Márcio alegou que seria inviável por falta de efetivo.
Vale aqui lembrar que, por disposição constitucional, a Guarda Municipal está impedida de realizar policiamento ostensivo e preventivo, prerrogativa da Polícia Militar. Portanto, a Guarda Municipal deve se limitar às suas funções, quais sejam o patrulhamento de prédios, instalações e serviços públicos.
Diante disto, a vereadora propôs que fossem criadas associações de bairros, abrindo um canal de comunicação com os vereadores e com a administração municipal.
Foi mencionado por uma moradora do Bom Jardim de Cima de que o acesso ao novo bairro se dá através de uma rua pré-existente; que o movimento da mesma teria aumentado muito com grande risco de acidentes. Diante disto, o secretário municipal de Segurança afirmou que redutores de velocidade serão instalados na mesma, na quantidade que se fizer necessário.
Outro morador do Bom Jardim alegou que aquele bairro não dispõe de redes de esgotos, de galerias pluviais, que determinados trechos de ruas não contam com iluminação noturna, além da falta de identificação das vias públicas.
Márcio Teófilo disse que iria levar a reivindicação até a secretaria municipal de Obras e Serviços Públicos, pasta responsável pela infraestrutura urbana.
Ainda, segundo algumas das pessoas que se encontravam presentes, várias casas comerciais estão se recusando de proceder entrega de mercadorias no Vale Verde, principalmente no período noturno, alegando falta de segurança; que outras fazem as entregas com a cobrança de uma taxa extra, com a fundamentação de que o bairro se encontra fora do perímetro urbano.
Finalmente, foi sugerido que um comunicado fosse encaminhado à direção da Associação Comércio e Indústria de Guaxupé (ACIG), para que a instituição incentive seus associados a procederem entregas no novo bairro, que contam com cerca de 1.500 habitantes.  (WF)
 
 
 
 

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