“Pessoas do meio externo ligadas aos presos confeccionavam certificados falsos e os presos utilizavam esse certificado para pedir no processo de execução penal a remissão de pena. O esquema era entre os presos. Os presos articulando com meio externo essa falsificação e usando em benefício próprio os documentos falsificados, sem nenhuma participação de agente público”, afirmou Paulo Frank, coordenador do Gaeco.
O MP informou que a operação foi nomeada de Sinergismo. “Na teologia, a palavra significa a comunhão de energia de Deus com o homem para a salvação. A salvação depende de Deus, que desejou, embora não necessitasse, da vontade humana. Assim, Céu e Terra se unem em comunhão de energias para reta e eficiente Justiça e execução penal”.
Ainda de acordo com Paulo Frank, esta é a primeira fase da operação e tem como objetivo identificar se há outras pessoas envolvidas no esquema.
"Nessa primeira fase, as investigações apontam para pelo menos seis presos nesse esquema, mas na data de hoje foi deflagrada a operação com objetivo de, além do cumprimento do mandado de prisão, realizar busca e apreensões nas residências desses presos envolvidos nessa primeira fase para identificar se outros presos fizeram uso de documentos falsos, se havia uma associação criminosa para essa finalidade e para apuração de mais detalhes desse evento criminoso, que a gente acredita ser um esquema que funcionou aqui por um determinado período", explicou.
Participaram das diligências um Promotor de Justiça e 22 policiais militares. Foram empenhadas oito viaturas. (Com G1)