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Praticamente 9 a cada 10 estelionatos já ocorrem pelo ambiente virtual em Minas

segunda-feira, 7 de novembro de 2022
Praticamente 9 a cada 10 estelionatos já ocorrem pelo ambiente virtual em Minas Foto: Riva Moreira

Seja por e-mail, rede social, site falso, celular ou SMS, o meio digital é o alvo preferido dos bandidos para aplicar golpes em Minas. O ambiente virtual já concentra cerca de 90% dos estelionatos, que dispararam no Estado. Dados da Polícia Civil indicam 28.966 crimes de janeiro a setembro. O número supera o total registrado nos 12 meses de 2021 (28.734).
 
Crescimento de contas virtuais e transações bancárias e o uso frequente de aplicativos como Whatsapp e Instagram, têm atraído os estelionatários. As redes sociais, inclusive, são as plataformas mais visadas pelos criminosos. Lá, as fraudes mais comuns são o perfil falso ou contas hackeadas. 
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Mas o alerta também vale para falsos boletos bancários enviados por e-mail e ligações de pessoas se passando por atendentes para obter dados das vítimas. 
“Atualmente, temos várias fraudes bancárias, onde os criminosos conseguem acessos às contas, às vezes induzindo a vítima a passar dados pessoais. Geralmente, esses golpes com promessa de falsos investimentos atraem jovens entre 18 a 35 anos, além das fraudes bancárias que costumam ter como alvo idosos”, detalha o delegado Renato Nunes Guimarães, da Divisão Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos. 
 
Pix 
Conforme o Código Penal, estelionato digital se configura quando o criminoso invade um dispositivo e o conecta-o a outros ou quando o bandido coloca a vítima em situação de vulnerabilidade para obter uma vantagem.
 
O delegado explica que, por ser uma forma de pagamento instantâneo, a transferência por Pix tem sido o método mais usado. “Outras operações como dotz e transferências bancárias, por exemplo, demoram mais e podem ser interrompidas antes da concretização”, afirma o delegado.
 
Renato Nunes Guimarães ressalta que os usuários do Pix podem tomar alguns cuidados, como limitar o valor de transferências. Além disso, ele orienta que os usuários permaneçam sempre em alerta e, em caso de golpe, avisem as autoridades. 
 
“Se verificou que foi vítima, tem que registrar boletim de ocorrência e procurar o banco para tentar reverter a transferência”, alerta. 
 
Alerta da Cemig
Nos últimos dias, a Cemig emitiu alerta sobre golpes envolvendo a conta de luz e o modalidade de pagamento via Pix. Segundo a empresa, bandidos têm usado boletos falsos, ligações de farsantes se passam por atendentes bancários, clonagem de WhatsApp e QR Code para fraudar as faturas.

 
O delegado reforça que trata-se do golpe já conhecido, no qual os criminosos falsificam os dados de pagamento dos boletos. Ele conta que os estelionatários costumam usar empresas de serviços públicos, concessionárias, telefonia e, com menos frequência, empreendimentos particulares. 
 
“São golpes antigos e a cada momento os bandidos miram uma empresa, podendo ser Cemig, Receita Federal, concessionárias e serviços públicos”. 
O agente de segurança aconselha os consumidores a sempre desconfiar de boletos e adquirir o hábito de confirmar os dados do beneficiário no site da empresa. 
 
“As pessoas devem entrar no site da empresa e verificar se tem o débito. Se na hora do pagamento verificar que o Pix está beneficiando um terceiro, pare a transação imediatamente. Caiu no golpe? contesta a transferência no seu banco”, finaliza. (Hoje em Dia)

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