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Caso envolvendo estudante de Guaranésia que morreu na UFOP completa 10 anos

sábado, 29 de outubro de 2022
Caso envolvendo estudante de Guaranésia que morreu na UFOP completa 10 anos Daniel Macário de Melo Júnior, na época com 27 anos, morreu de mal súbito após uso exagerado de bebidas alcóolicas (Foto: Record Tv Minas/Reprodução)

República de Ouro Preto está mais uma vez sendo caso de investigação

Na semana em que um trote que terminou com estudante em coma em Ouro Preto ganhou repercussão nacional - Ayrton Almeida, de 23 anos, denunciou ter entrado em coma após passar por um trote, sofria preconceito por ser do Maranhão e ouvia xingamentos como "maranhense safado" - outro caso envolvendo um estudante da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) completa 10 anos. Em outubro de 2012, Daniel Macário de Melo Júnior, na época com 27 anos, morreu de mal súbito após uso exagerado de bebidas alcóolicas.

Natural de Guaranésia, Daniel foi para a cidade histórica realizar o sonho de cursar artes cênicas. Paulo Inácio, amigo de infância, lembra que o fim do semestre atrasou para outubro devido a uma greve. No último mês, o jovem morreu.

“Na noite que ele deixaria de ser “bixo”- apelido dado aos calouros – houve a morte dele. Sempre que vinha a Guaranésia, Daniel me contava que os trotes eram pagos com o consumo de bebida alcoólica. Por exemplo, se o “bixo” tinha obrigação de lavar a louça e esquecia um talher que fosse, tinha que beber um copo de cachaça”, contou.

Relembre o caso
Segundo o boletim de ocorrência registrado na época pela Polícia Militar, o corpo de Daniel foi encontrado já sem vida no dia 27 de outubro de 2012. Segundo testemunhas, na noite anterior, o universitário tinha consumido bebida alcoólica em uma comemoração na república onde morava, conhecida como “Nóis é Nóis”. Ao acordarem, os colegas encontraram o jovem já sem vida, sem sinais de violência.

A Polícia Civil concluiu, em fevereiro de 2013, o inquérito que investigou o caso. A apuração não indiciou ninguém, já que não encontrou indícios da participação de outras pessoas na morte. Segundo o órgão, “foi verificado alto teor alcoólico no sangue, o que provavelmente provocou mal súbito após uso exagerado de bebidas alcoólicas”.

Dez anos depois, Eduardo de Melo, irmão de Daniel, ainda questiona o resultado da investigação. “Se me perguntarem se eu sei exatamente o motivo da morte do Daniel, eu não vou saber. Mas tem um laudo que consta que ele foi morto, pra mim assassinado, com mais 70% álcool no corpo”, relatou. (Com R7/G1)

 
 

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