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Vigilância Sanitária e IMA reforçam medidas após confirmação de mortes por raiva em Muzambinho

segunda-feira, 25 de julho de 2022
Vigilância Sanitária e IMA reforçam medidas após confirmação de mortes por raiva em Muzambinho Vigilância Sanitária e IMA reforçam medidas após confirmação de mortes por raiva em Muzambinho (Foto: Reprodução/EPTV)

Nos últimos dias, três animais morreram com a doença em propriedades rurais e há outros casos suspeitos sendo investigados

A Vigilância Sanitária de Muzambinho e o Instituto Mineiro de Agropecuária reforçam as medidas para conter os casos de raiva bovina na cidade. Nos últimos dias, três animais morreram com a doença em propriedades rurais e há outros casos suspeitos sendo investigados.
 
A raiva bovina é uma doença infecciosa causada por um vírus que provoca lesões no sistema nervoso central. Quando está doente, o animal também apresenta movimentos involuntários.
 
Para monitorar e conter os casos de raiva bovina, profissionais do Instituto Mineiro de Agropecuária estiveram em propriedades de Muzambinho para coletar material para análise dos rebanhos com suspeitas da doença. Agora, eles aguardam os resultados.
 
A preocupação da Vigilância em Saúde de Muzambinho veio depois que foi confirmada a morte de três animais pela doença. Um morreu no dia 7 de julho e os outros dois no dia 19. Há pelo menos mais dois casos suspeitos de raiva bovina. Além do isolamento, outras medidas de contenção foram tomadas.
 
"O produtor nos avisa da morte do animal. O animal tem que estar isolado dos outros. O produtor não pode ter contato com a saliva desses animais. Nós nos deslocamos até a propriedade e fazemos a coleta do material, que é o cérebro desses animais. Acondicionamos eles e enviamos para o laboratório do IMA, em Belo Horizonte", destacou o veterinário Vânius Vinícius Dipe.
 
"Foi feito o bloqueio vacinal em cães e gatos em um raio de 5 quilômetros das propriedades que houve a suspeita", completou a veterinária Isadora Goulart.
O IMA, Instituto Mineiro de Agropecuária, está monitorando os casos e a partir da semana que vem vai começar uma força-tarefa em busca dos locais da região onde há possibilidade de encontrar morcegos hematófagos, aqueles que se alimentam exclusivamente de sangue de vertebrados e são transmissores da doença.
 
"A gente detectou através de um mapeamento dessa região em que ocorrem os focos, e através dos abrigos de morcegos, que trata-se um surto da doença. A coordenadoria do IMA, em Poços de Caldas, entrou em contato com a nossa diretoria, e estamos organizando uma força tarefa para na próxima semana fazer um trabalho de varredura na região, onde aconteceram esses focos", disse a assessora técnica animal do IMA, Luiza Aparecida Adão e Silva.
 
O coordenador de campo do IMA alerta que a raiva não tem cura e que, além de controlar a população dos morcegos, a vacina é de extrema importância.
 
"Para nós evitarmos que a doença se espalhe, senhores produtores, aqueles que não vacinaram o rebanho contra a raiva, que o façam a partir dos animais de dois meses de idade, vacinem todos os animais. Esse trabalho não interdita carnes nem leite, é uma doença zoonose que é transmitida do morcego para os animais e dos animais para o homem. Aquele produtor que teve contato com o animal doente, colocou a mão na boca dele tentando ajudar, aplicar uma remédio, tem que procurar a saúde para tomar as vacinas curativas e para uma avaliação médica", pontuou o coordenador de campo do IMA, Jomar Zatti. (Com EPTV)

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