Presidente da Cooxupé desmente estoques excessivos e diz que "esse é o melhor momento do café"
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Presidente da Cooxupé contesta notícias sobre excesso de entrega nos armazéns de cooperativas (Foto: Reprodução/EPTV)
Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé, contesta notícias sobre excesso de entrega de café nos armazéns de cooperativas (que serviram de motivo para a derrubada dos preços do café)
A safra 2020 já está praticamente encerrada, colhida e estocada nos armazéns. Mas notícias distribuídas por agências internacionais levantaram suspeitas de que a produção estaria acima do esperado, com armazéns entulhados de sacas e com entregas armazenadas até mesmo em carrocerias de caminhões.
O exagero ocasionou na derrubada dos preços. Para desfazer as desinformações, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé, prestou esclarecimentos nesta quinta-feira, 24, e revelou números atuais de estoques e de mercado da cooperativa.
Nas 38 unidades da Cooxupé foram e ainda estão sendo recebidos 7,8 milhões de sacas, com um crescimento na oferta de aproximadamente 10% a mais do previsto. E com um importante detalhe: 80% desse volume já está todo vendido, tanto no mercado internacional como pelos próprios cooperados, que atenderam, lá atrás, sugestão dos técnicos das cooperativas, para aproveitarem os bons preços praticados naquela ocasião.
"O resultado é que o cooperado está entregando seu café acima de R$600 reais, preço superior ao que está sendo negociado pelo mercado físico, atualmente", explicou Carlos Augusto.
“Outro fator, zeramos o excesso de oferta na entrada da safra, que costumava jogar o preço para baixo. O produtor pode segurar, pois praticou a modalidade chamada de "café com lucro", antecipando as vendas nas entressafras do mercado”.
Em resumo, Carlos Augusto deixou claro que a cooperativa estava e está preparada para receber mais café (tanto que finaliza a construção de uma enorme unidade de recebimento na região do Cerrado, em Patrocínio, e que a próxima meta é superar os 8 milhões de sacas recebidas em seus armazéns.
“É resultado do planejamento e da confiança dos cooperados", finalizou Rodrigues de Melo. (Notícias Agrícolas)
