Guaxupé, sexta-feira, 3 de maio de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

A força da oração

terça-feira, 10 de janeiro de 2023
A força da oração Foto: Divulgação

Que aprendam a rezar desde crianças, porque a oração será o que lhes dará forças durante toda a vida: nos momentos bons para agradecer a Deus, e nos momentos ruins, para encontrar a força. É a primeira coisa que vocês devem ensinar: rezar.
 
Francisco, Bispo de Roma (Papa).
 
Dias bons os nossos, em que a ciência tem demonstrando cada vez mais e melhor a eficácia das orações. Uma eficácia sempre constatada pelas religiões sadias e, por isso, sempre recomendada.
 
Francisco, Bispo de Roma, se direcionando aos pais e padrinhos de crianças, deu ênfase na importância das orações.
 
As orações dão força espiritual e favorecem a espontânea manifestação da gratidão. Quem ora e medita enfrenta melhor as dificuldades do dia a dia. Quem é grato vive melhor.
 
O renomado Dr. Roque Savioli, Médico Cardiologista, autor do livro Milagres que a Medicina não contou, também procura sempre demonstrar, em seus livros, palestras e redes sociais, os benefícios das orações, com explicações fundamentadas em metodologias científicas.
 
Mais recentemente, outro médico, Dr. Fernando Lemos, Coloproctologista, do canal Planeta Intestino (YouTube), também tem falado da importância das orações na recuperação e manutenção da saúde física, mental e espiritual.
 
E eu procuro sempre citar outros grandes nomes da Psicologia e Medicina, quando o assunto é integração espiritual, alternativa eficaz no livramento das pragas de muitas doenças, especialmente psicossomáticas: Carl Gustav Jung (psicoterapeuta), Viktor Frankl (psicoterapeuta), Pierre Weil (psicólogo), Jacob Pinheiro Goldberg (psicanalista), Ezio Aceti (psicólogo), Jean-Yves Leloup (psicólogo), César Vasconcelos (psiquiatra), Augusto Cury (psiquiatra), Mark W. Baker (psicólogo), Francisco Di Biase (neurocirurgião), Ismael Sobrinho (psiquiatra), Jonatas Leonio (médico), Maíra Nogueira (psicóloga), Rosana Alves (psicóloga)  etc. E cada vez tem surgido mais profissionais assim.
 
Estando o psiquismo beneficiado pelas orações, todo o organismo se beneficia também. Cérebro, coração, pulmões, intestino etc.
 
Os bons frutos das orações são: calma, serenidade, alívio, confiança, paz, saúde e esperança.
 
Ninguém mais questiona isso. O resultado das pesquisas é categórico e contundente.
 
Porém, não tão raro, infelizmente, eu ainda sou coagido a dar algumas explicações a respeito da recomendação da oração em contexto psicológico.
 
O analfabetismo institucional ainda presente, e também o preconceito acadêmico ainda míope em muitas universidades, segue se sentindo incomodado com as constatações a respeito da eficácia das orações.
 
O mais assustador é que tais constatações não são de hoje... São demonstrações práticas e teóricas que já ganharam décadas!
 
E aí eu preciso ficar dando aquelas aulas aos incipientes, no intuito de explicar evidências, pois muitos deles acreditam que eu seja um aventureiro, um inventor de alguma proposta mirabolante, um principiante ou um ignorante cometendo o equívoco do proselitismo.
 
A espiritualidade humana é um dado antropológico e psicológico – não apenas teológico.
 
O ser humano tem necessidade de transcendência! A espiritualidade não é propriedade particular de nenhuma Religião. As Religiões lidam com a espiritualidade humana, mas não são donas dela.
 
Por isso, cabe ao psicólogo, cuidador da alma (de natureza espiritual), lidar com a espiritualidade do paciente, quando vê em seu paciente essa necessidade, ou quando o paciente deseja falar sobre isso.
 
Porém, jamais o psicólogo poderá incitar o proselitismo: induzir ou forçar alguém a seguir uma determinada igreja, crença ou seita.
 
O psicólogo pode até falar da sua própria crença, da sua espiritualidade particular, enquanto cidadão de livre opinião, amparado pela Constituição Federal. E só. Pode se expressar publicamente, mas não pode induzir seus pacientes em contexto clínico.
 
A espiritualidade é intrínseca ao ser humano. Outra coisa é fazer ou não parte de uma Religião, ser membro vinculado ou não à uma instituição formal, e isso pertence à decisão de cada um. Deve ser livre, e não forçado.
 
E quando o paciente não quer falar sobre espiritualidade com seu psicólogo? Simplesmente o assunto então será outro. Ponto. Não se falará em espiritualidade. A Psicologia não se restringe à espiritualidade. Tratará de outros assuntos, com a mesma eficácia técnica.
 
Dadas as explicações, porém não satisfeitos, alguns dos incipientes prosseguem suas falácias acusatórias, questionando o método como abordo o tema da espiritualidade diante de alguns pacientes que assim desejam. Quer dizer, continuam assoberbados, agindo como se eu não soubesse abordar o tema da espiritualidade humana com quase 20 anos de atuação clínica. Não tenho enorme experiência, claro, mas também não sou um menino imaturo e iniciante na profissão. Por que será que ainda incomodo alguns, mesmo diante de tantas demonstrações e explicações? Estranho né...
 
Mas não é estranho que eu não esteja sozinho. Eis outra constatação. Todos os profissionais que eu citei aqui acima, da Psicologia e Medicina, neste contexto, também causam estranheza em muitos dos seus colegas.
 
Concluindo, se os nossos dias são bons e favoráveis de um lado, de outro continuamos nos deparando com algumas mentes e corações impermeáveis. Não é novidade. Enquanto houver vida aqui na terra, os opostos coexistirão: luz e trevas, trigo e joio, cordeiro e lobo, sapiência e demência.

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