A voz
sexta-feira, 2 de dezembro de 2022
O colunista Rodrigo Fernando Ribeiro homenageia o radialista Nabih Zaiat, que faleceu nesta sexta-feira, 2, aos 93 anos (Foto: Divulgação/Rádio Clube FM)
Nabih Zaiat.
Voz inconfundível.
Presença imprescindível.
Gentileza incomparável.
Sorriso inigualável.
Por onde passava, olhava, acenava, encantava.
Exemplo de credibilidade, de assiduidade.
Eu o ouvia nas rádios de minha casa e da casa de meus avós. Mas não fazia ideia da sua fisionomia. Quem era o dono daquela voz? Não sabia quem era.
Eu, menino ainda, e depois jovem adolescente, andando de bermuda pela cidade, sempre me deparava com um senhor passando com seu grande carro da marca Chevrolet, lentamente e, ele lá dentro, conduzindo o automóvel com elegância, muito sorridente, acenando com a mão pra muita gente. Inclusive pra mim.
Até que um dia perguntei quem era aquele senhor. Parecia um artista de Cinema. Ele me fazia lembrar o estupendo ator Dustin Hoffman.
Quem era aquele brilhante senhor? Que ignorância a minha, minha nossa. Mas, eu era apenas um garoto. Sabia de poucas coisas.
Até que um dia me disseram: Ele é o Nabih Zaiat, da Rádio Clube!
Ah, após essa revelação, senti tanto entusiasmo que por onde eu o encontrava, queria chegar perto para poder ouvi-lo falar algo, qualquer coisa, só pra manter aquele encanto de poder saber que aquela voz que eu tanto conhecia, vinha daquele simpático senhor de pequena estatura, mas de gigante candura.
Eu também trabalhei em rádio. Trabalhei com o genial Caetano Cury.
O Rádio é fascinante. Ouvir a voz, apenas o som da voz dos profissionais da locução, já nos induzem a percorrer o inesquecível mundo da imaginação.
Rádio, Cinema, grandes vozes... Hal Douglas, Jorgeh Ramos, Nabih Zaiat.
Vozes marcantes.
Deixaram suas marcas... Registros de eternidade.
Eu também aprendi muito com o senhor Nabih.
Muito obrigado!
