Guaxupé, quinta-feira, 2 de maio de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Minha posição e opinião política

sexta-feira, 18 de novembro de 2022
Minha posição e opinião política O psicólogo e colunista do Jornal da Região, Rodrigo Fernando Ribeiro, comenta sobre sua posição política em artigo (Foto: Arquivo Pessoal)

É comum algumas pessoas desejarem saber em quem votei nas eleições presidenciais deste final de ano de 2022, mesmo eu não sendo partidário.
 
A curiosidade é motivada, claro, pela profissão que represento. Todo profissional da Psicologia é um analista de comportamento.
 
Alguns profissionais (psicólogos, psicanalistas, psiquiatras) que aparecem frequentemente na grande mídia manifestaram suas opiniões sobre os principais candidatos.
 
A população, de modo geral, ficou dividida, e até de certo modo viciada no xingamento: de um lado, ladrão, comunista; do outro lado, genocida, fascista. Ambos acusados de serem golpistas! Note o disparate.
 
Que pena... Que vexame vermos até adultos se comportando no meio da rua como delinquentes, gente alucinada, fanatizada, crente em teorias mirabolantes, em planos infalíveis prestes a dar a volta por cima.
 
Se tornaram fanáticos combatendo o fanatismo, democratas com condutas antidemocráticas. Eis a incoerência de ambos os lados. Parece aquela história do cego guiando cego, ou do sujo falando do mal lavado.
 
Para o grupinho de cá, o de lá é o condutopata.
Já para o grupinho de lá, o de cá que é o condutopata.
Viciados em verborragia, não conseguem mais sair desse discurso da tagarelice tediosa, interminável e inútil:
- Você é o ladrão.
- Não sou. Ladrão é você.
- Você é o mentiroso.
- Não sou nada. Mentiroso é você.
 
E a torcida enlouquecida de ambos os lados babando de raiva.
Se tem alguém que dá risada de tudo isso é o Diabo.
A guerra é sempre a vitória de Satã!
 
Em quem eu votei?
Não sou obrigado a dizer.
Ninguém é obrigado a dizer.
 
A ameaça coercitiva manifestada na ação de alguns patrões diante de seus funcionários, é uma atitude marcada pela infâmia, covardia e canalhice.
 
Não sou da oposição nem da situação.
Sou da oração.
 
Um velho colega já me disse: “Na política, só se trocam os mosquitos, mas a merda é a mesma.” Será?
 
Não poderá ser diferente?
 
Podemos ser mais otimistas, como orientou o Papa Francisco, ao afirmar que a política é a “forma mais alta” da caridade. Quer dizer: quando bem feita, a política oportuniza justiça, felicidade e paz, características essas que não podem fazer parte de uma satisfação egoísta, e sim de uma realização coletiva.
 
Ser um míope pertencente da situação pode nos desviar do caminho.
Ser um míope sectário da oposição pode empacar a caminhada.
O que pode transformar tudo isso é a oração.
Orar e agir...
 
Cada cidadão é corresponsável pela realidade da família, da comunidade, da sociedade e do país.
 
Falar mal do político ou da política não resolve nada, não altera nada.
 
O que tem força de mudança é educar bem uma criança. Educa-la para a cidadania, para a sensibilidade, para a civilidade, para conviver bem e respeitar as normas e as leis na sociedade.
 
Todos os adultos precisam prestar mais atenção naquilo que tão bem orienta o Ato Penitencial da Santa Missa Católica:
“Confesso a Deus todo poderoso, e a vós irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa.”
 
Podemos todos crer que o universo é aliado dos justos, crer que as coisas, as pessoas e a realidade podem ser transformadas pelo poder da oração.
Crer que a mudança começa dentro de cada um de nós, em nossos gestos e palavras de respeito e cultivo da ética do saber cuidar.
 
Minha posição é essa, por formação, profissão e convicção.
 
O que tem valido a pena para mim é uma vida de respeito, simplicidade e gratidão, e não uma vida de desrespeito, ostentação e reclamação.
 
Deixo como referência apenas cinco breves citações das Sagradas Escrituras a esse povo que se diz cristão, porém, de tão alucinado, parece ter deixado Jesus Cristo de lado:
 
  • Mateus 25, 31-46
  • 1 Pedro 2, 15-17
  • Tiago 1, 27
  • Provérbios 21, 23
  • Jó 28, 28
 
 
 
 
 

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