Guaxupé, quinta-feira, 2 de maio de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Mudar de opinião

quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Mudar de opinião Foto: Divulgação

Mudança de opinião nem sempre significa retrocesso, “voltar atrás”.
 
Pode significar também dar um passo adiante, adquirindo uma nova mentalidade, postura e atitude.
 
Darei dois exemplos brasileiros conhecidos por muita gente, Hélio Bicudo e Clodovis Boff, política e religião, respectivamente.
 
O jurista Hélio Bicudo (já falecido) era apoiador do PT e do Lula. Deixou de ser.
 
O teólogo Clodovis Boff, junto de seu irmão, o também teólogo Leonardo Boff, foi defensor da Teologia da Libertação. Deixou de ser.
 
Hélio se decepcionou com algumas condutas de alguns petistas.
 
Clodovis acatou a análise crítica de Joseph Ratzinger (posteriormente Papa Bento XVI), e escreveu um longo artigo mostrando o erro fundamental da Teologia da Libertação – um erro, claro, de acordo com o novo ponto de vista assimilado por ele, Clodovis.
Agora pense você nos demais exemplos do dia a dia...
 
Por que algumas pessoas mudam de opinião? Porque pensam, repensam, reavaliam, requalificam e podem chegar à uma nova conclusão. Não significa, a princípio, que são pessoas traidoras ou canalhas. Significa apenas que pensam. Todos nós pensamos.
 
E tem gente que também pensa, repensa, analisa, reflete, conclui, e mantém a mesma opinião.
 
Qual é a dificuldade em conviver com as diferenças?
 
Se o fulano exige que a beltrana pense como ele pensa, valorize o que ele valoriza, então fulano não suporta uma relação civilizada com outra pessoa. No fundo, o fulano quer ter uma relação consigo próprio. É, portanto, um egoísta.
 
Pra piorar, o próximo passo do egoísta é a covardia, a crueldade, a violência.

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