Guaxupé, sábado, 4 de maio de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Eleições insanas

quinta-feira, 29 de setembro de 2022
Eleições insanas Imagem: Divulgação

Sim, e infelizmente...
 
Não completamente, mas de muitos modos insana.
 
Muita demonstração de insanidade vem sendo verificada nessas eleições, especialmente presidenciais, neste ano de 2022.
 
População dividida: de um lado, uma multidão acusando o candidato da oposição de ladrão; do outro lado, outra multidão acusando o atual presidente, e também candidato, de genocida.
 
Sociedade enlouquecida, de ambos os lados infantilizada e marionetada, viciada em resmunguice e com preguiça de pensar mais profundamente, não querendo amadurecer.
 
Aparece outro candidato dizendo que somente ele pode salvar o país, e que em sua história de vida nunca existiu nenhum traço de incoerência. Pronto! Era só o que faltava: Jesus Cristo agora é candidato a Presidente do Brasil. Patético isso. Delírio de onipotência. Paternalismo tosco.
 
Surgem outras com propostas tão mirabolantes que não merecem nem aposta.
 
Aparece um outro de toquinha, surgindo sabe lá de onde, acusado de farsante.
 
O discurso de todos acaba sendo o mesmo: messiânico. Todos vieram para salvar a nação, diante de uma realidade catastrófica, afinal, dizem, estamos praticamente no contexto do apocalipse tupiniquim.
 
Palavras, palavras, palavras, promessas, promessas, promessas, acusações, acusações, acusações, acusações.
 
Blá, blá, blá interminável, tedioso e inútil. Ninguém acredita mais nisso. O povo até faz piada com isso, incluindo os partidários fanatizados. No fundo, eles mesmos deixam escapar o que querem: praticamente todos aguardam se deleitar em privilégios.
 
Um será eleito.
 
Quem será? O “ladrão”? Será que é ladrão mesmo? Ou o “genocida”? Será genocida mesmo?
 
Expectativa ansiosa, nervos à flor da pele, sintomas da imaturidade, de quem não sabe lidar com a frustração.
 
Ter consciência crítica da realidade, conflitos de ideias, é normal. Por outro lado, fazer guerra em função deste conflito é doentio. Quem se alegra com a guerra é Satã.
 
Jesus prefere a paz. Aliás, foi isso que Ele disse nas Bem-aventuranças: “felizes o que promovem a paz” (Mateus 5, 9).
 
O eleito será o Presidente do Brasil, para os brasileiros, legitimamente.
 
É preciso saber ganhar e saber perder.
 
Só é civilizado e psicologicamente maduro o indivíduo que sabe lidar com vitórias e derrotas, que sabe conviver com opiniões contrárias.
 
Já a conduta antissocial é sinal de desumanidade.
 
Os surtos e delírios dos nossos dias foram piorados pela maior de todas as insanidades: a guerra. Dessa vez, entre Rússia e Ucrânia, uma triste realidade que envolveu e tem envolvido cada vez mais países. Não bastou o que Caim fez com Abel. Muitos “humanos” seguem fabricando suas monstruosidades.
 
Pandemia, guerra, crises, polarizações políticas, incompreensões, violências, intolerância, escândalos... A humanidade mais uma vez fracassa.
 
As pessoas não aprenderam com o passado, ou será que não querem aprender, por não tolerar diferenças nem opiniões contrárias?
 
Não deve ser nada fácil para Deus lidar com as pessoas, feitas à sua imagem e semelhança, de muitos modos ainda tão estúpidas em suas condutas.
 
Até quando a humanidade continuará errando?
 
Até quando Deus terá misericórdia?
 
 
 
 

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