Guaxupé, sábado, 27 de abril de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Herodes está sempre vivo

segunda-feira, 14 de março de 2022
Herodes está sempre vivo Foto: Divulgação

Em recente publicação, o site Vatican News, do dia 10 de março deste triste início de ano de 2022, novamente mencionou a crueldade da guerra, caracterizando-a como um ato sempre criminoso e sempre sem piedade contra as crianças.
 
A matéria faz comentário sobre o bombardeio russo em um Hospital Pediátrico na Ucrânia.
 
“Herodes está sempre vivo e mata sem piedade”, registra o texto.
 
A matéria também faz referência à outras localidades de profunda e severa desumanidade: Etiópia, Síria, Iêmen, Afeganistão, Mali, Mianmar etc.
 
Nós aqui no Brasil também podemos registrar uma série de escândalos contra as crianças.
 
Em todos os locais do mundo crianças são maltratadas.
 
Num outro texto, o site fez lembrança ao documento magisterial pontifício dedicado à paz, escrito pelo então Papa Bento XV, publicado em 1920, no contexto histórico do fim da Primeira Guerra Mundial. O documento recebeu o título de Pacem, Dei MunusPulcherrimum (Paz, maravilhosa dádiva de Deus). Bento XV acusou a guerra de “massacre inútil”, gerando, diante de nós, “desolação, miséria e abandono.”
 
Por isso a guerra jamais pode ser considerada vontade de Deus.
 
A paz, sim, é verdadeiramente uma dádiva maravilhosa de Deus.
 
Aliás, de acordo com o ensino de Jesus Cristo, as características do Reino de Deus são: justiça, felicidade e paz.
 
Já a guerra é a vitória de Satã.
 
Jesus Cristo já alertou quer melhor seria ao malfeitor pendurar uma grande e pesada pedra ao pescoço e ser lançado no fundo do mar, do que escandalizar um pequenino.
 
Vemos, no olhar das crianças, susto, medo... Inocência.
 
Psicólogos, psiquiatras, sacerdotes, ficamos todos nos perguntando e buscando alguma explicação plausível para tentar decifrar este mistério do mal, este maldito mistério da iniquidade, esta perversa, covarde e criminosa opção pelas trevas, este pacto com a morte, este apego pela violência, esta ânsia de poder, custe o que custar. Algumas explicações surgem, outras não. Conhecemos apenas fragmentos da verdade. Muitos outros aspectos ainda permanecerão no mistério indecifrável.
 
De qualquer modo, a história nos ensina que o indivíduo que causa escândalo será, cedo ou tarde, impedido de prosseguir na sua maldade – seja pela força humana, seja pela direta intervenção divina.
Atos de monstruosa maldade e violência não ficarão impunes. Serão punidos, nesta vida, ou na dimensão vindoura.
 
O mal se volta contra quem o pratica. 

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