Guaxupé, sábado, 27 de abril de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Uma educação para a sensibilidade

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
Uma educação para a sensibilidade Imagem: Divulgação

Fala-se muito sobre a necessidade de edificarmos uma educação para o desenvolvimento da sensibilidade, algo que poderia e deveria começar no lar, em Família e, posteriormente, ser continuado o processo na Escola, além do apoio da Igreja, das comunidades eclesiais ou das religiões sadias.
Como se faz isso?
Isso se faz de diversas maneiras criativas, começando das mais simples e salutares, como o toque afetuoso, pele com pele, massagem em bebês (shantala) – estimulação tátil, enfim, que é necessidade comportamental básica para nós mamíferos preservarmos nossa saúde física e mental. E seguir interagindo com a criança... sorrir, cantar, ler, orar, brincar, dançar. Ser sereno no tom de voz, olhar com compreensão e carinho nos olhos da criança. Cuidar. Ternura alivia temores, ameniza dores. Ternura cura!
Com o passar dos anos, incluir a criança nas tarefas simples da casa. Uma das coisas que a criança mais deseja e precisa é aprender. Ajudar a pegar os legumes, as verduras e as frutas no preparo do almoço, por exemplo. Pegar mesmo! Sentir nas mãozinhas a textura de cada alimento. Criança não pode mexer com faca. Mas pode ajuntar com as mãozinhas as partes dos alimentos que serão descartadas, e jogá-las no lixo. Nas refeições, pode já começar a aprender a partilhar, a agradecer a Deus a oportunidade de comer e beber algo, também aprender a dialogar, saber ouvir, esperar a vez de falar e, ao falar, dizer sem pressa, sem desespero, sem gritar. Aprender a aperfeiçoar expressões verbais e corporais que manifestam respeito, modéstia e gentileza. Ajudar a dar banho no bom cãozinho de estimação. Guardar os brinquedos depois de brincar. E por ai vai... São diversificadas as possiblidades de aprendizado e civilidade. São boas sementes a serem cultivadas, gerando bons frutos para o início da juventude e idade adulta, com bons reflexos também na velhice.
Por que isso? Por que uma educação para a sensibilidade?
Porque praticamente nada permanece no intelecto que não passe pelo sensível. Conservamos especialmente aquilo que passou por uma experiência e nos comoveu.
Para que isso?
Simples entender: Somente um coração comovido, convencido, fará de nós seres humanos mais reflexivos, justos e compassivos.
Desse modo, espalharíamos uma onda de paz na terra, promovendo justiça e felicidade coletiva. Um mundo de oportunidades, iniciativas, esforço individual, fortaleza comunitária e social. Seria um mundo melhor, habitado por pessoas melhores, transformadas, de coração fecundo, renovadas na mente e com o espírito naturalmente entusiasmado, com vontade de viver e habilidade em se relacionar nos mais variados contextos.
É possível? Claro que é.
Isso já acontece?
Sim, claro que sim... Comece você também!
 

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