Guaxupé, sábado, 11 de maio de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Família destruída pela imoralidade

sábado, 22 de maio de 2021
Família destruída pela imoralidade

Guarda as minhas palavras e conserva contigo meus preceitos. Observa meus mandamentos e viverás; guarda a minha instrução, como a pupila dos teus olhos. Prende-os em teus dedos e inscreve-os nas tábuas do teu coração. Dize à Sabedoria: ‘És minha irmã!’ e chama a prudência de ‘amiga’, para que te preserve da mulher estrangeira, da estranha que tem palavras sedutoras. Provérbios 7, 1-5
 
 
Bons costumes...
Verdadeiramente os bons costumes geram felicidade genuína.
Bons costumes tem a ver com moral e ética.
Moral significa convenções, hábitos, costumes, comportamentos, normas de convivência social.
Ética significa morada, casa humana. Podemos até dizer que ética é a morada da moral.
Compreendeu? Dentro do contexto onde se cultiva o cuidado, o saber cuidar (ética), as normas de conduta civilizatórias são estabelecidas (moral) para a justiça, para o bem comum.
A Psicologia sabe disso. No fundo, toda pessoa intui isso.
E todo esse discernimento espiritual, científico e pessoal tem suas raízes reflexivas na Religião sadia. Acompanhe...
Paulo, apóstolo de Cristo, chegou a ser categórico ao afirmar que “as más companhias corrompem os bons costumes.” (Confira em 1 Coríntios 15, 33-34). Má companhia pode ser pessoa, lugar, coisa, objeto e até seus próprios pensamentos perniciosos, bem como sua boca maledicente.
Falando em Sagradas Escrituras, elas orientam a conduta de multidões de pessoas em todo o planeta. Por isso, devemos observar bem tais comportamentos, e os pensamentos que os antecedem e orientam. Os textos sagrados oportunizam ensinamentos para que todos possam ter uma vida feliz.
Curioso notar que, por exemplo, neste mesmo livro sagrado, existem 150 (cento e cinquenta) salmos. E já no primeiro Salmo, a primeira palavra é “Feliz”. Quem é feliz? Segundo o salmista, feliz é aquele que não se deixa seduzir, não se desvia, não se deixa atrair pelo caminho dos pecadores e zombadores. O caminho dos ímpios perecerá.
Será que perece mesmo? Sim. Perece – cedo ou tarde. Comprovamos isso diariamente – infelizmente.

 
A infidelidade é sempre fonte de infelicidade
A ruptura da lealdade é fonte de desgraça e doença – invariavelmente.
Notamos essa realidade na Família que fica destruída quando o marido ou a mulher inicia uma sempre perigosa jornada de traição. Quando um dos cônjuges trai, não trai somente a sacralidade do matrimônio, trai também os filhos, trai os demais familiares e bons amigos, trai padrinhos e madrinhas, trai a comunidade e, segundo os religiosos, trai a Deus também.
Note que a infidelidade é fonte de guerra. O caos se instala. A destruição se inicia. A confusão propicia os traumas da separação.
Lembre-se do que disse Jesus no Sermão da Montanha: “Felizes os que promovem a paz...” (Confira em Mateus 5, 9).
Não pode ser feliz quem promove a guerra. A infidelidade, fonte de guerra, adubo de discórdia e distanciamentos, jamais poderá fazer uma família feliz. Um dos cônjuges ficará com a alma “dilacerada”. A infidelidade “arrebentará” a esperança dos filhos. A Família ficará desfigurada. A Família, que deveria ser santuário, território sagrado, templo, casa de oração, de partilha do diálogo, do abraço e do pão, se tornará jaula com feras se ferindo, presas oprimidas e predadores violentos, oponentes e implacáveis gladiadores.
“Credo! Que horror!”
Muitos poderão questionar: “E naqueles casais em que já existem desavenças e desgraças desde o princípio? Tem que aguentar?”
Evidentemente não estou aqui falando em histórias de pavor, covardia, terror e desamor desde o começo de tudo, onde a separação é necessária mesmo, é a solução, o sossego, o alívio, a paz e até a libertação! Não. Não é sobre isso. O que estou falando aqui é a respeito de histórias com princípio de amor, mas que depois foram destruídas pelas perigosas seduções e curiosidades. Curiosidade para o mal pode ser mortal. Quando o “sentir” se torna “consentir”, ou seja, quando o desejo de trair se torna traição concreta, o mal se instala e inicia seu processo destrutivo, seja ele explosivo ou a conta gotas. E nem sempre é possível fazer reparações. Nem sempre é possível reconciliar.
O livro de Provérbios faz um alerta claro: A pessoa curiosa ou inexperiente segue pela sedução “como um boi conduzido ao matadouro, como a caça presa no laço, até que a flecha lhe atravesse o fígado. É como o pássaro que voa para a armadilha, sem saber que sua vida corre perigo.” (Confira em Provérbios 7, 22-23).
Apesar de todo o alerta feito pelos profetas, por Jesus e seus apóstolos, pela Psicologia responsável e amadurecida, apesar de observar a desgraça alheia e o bom senso, muitos ainda “compram” a desgraça e a colocam dentro de casa. Escandalizam. Destroem tudo. Perdem tudo. E pra piorar, não aprendem com nada. São possuídos pelo espírito da soberba, da luxúria, da concupiscência e do deboche. Seguem errando, morrerão errando. Mesmo sendo impactados pela Luz, prosseguem fazendo opção pelas trevas. É triste ver o fim de gente assim. É o que Paulo chamou de mistério da iniquidade (2 Tessalonicenses 2, 7). Fazer a opção pelo Mal, pela destruição, pelo pior, mesmo o indivíduo tendo conhecido a Luz, é de fato um mistério.
 
 
 

Comente, compartilhe!