Guaxupé, sábado, 4 de maio de 2024
Lenine Martins Faria e Rodrigo Fernando Ribeiro
Lenine Martins Faria e Rodrigo Fernando Ribeiro EducaMente Lenine é pedagoga e Rodrigo é psicólogo (CRP-04/26033). Rodrigo atua em Guaxupé e Guaranésia, Lenine em Guaranésia.

Espiritualidade

quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Espiritualidade

Com a palavra, a pedagoga Lenine Martins Faria

Espiritualidade é ver Deus, sentir Deus. Não está relacionada em frequentar igrejas, ter crenças ou seguir religiões, está em você, dentro de você.
Eu vejo Deus na materialização do amor. Vejo Deus na bondade, na doação. Nos dias de agonia quando Ele te consola e te fortalece. Vejo Deus na inocência de uma criança que reparte sem preconceitos, na fúria de uma mãe que enfrenta o mundo por seu filho. Vejo Deus quando escolhemos andar por caminhos tortuosos e também quando há maldade, porque Dele é o perdão, Ele faz tudo novo e coloca as coisas no lugar.
Eu sinto Deus quando confio e não desespero, porque dEle vem às provisões. Sinto Deus quando há dor, dor da enfermidade, da perda, da separação, porque dEle vem o entendimento. Ele é o tempo perfeito, a cura da dor e do sofrimento. No incerto de tudo está Deus, com sua sabedoria, e todos os seus ensinamentos. Confie e tenha fé, alimente sua espiritualidade e se aproxime de Deus, sinta Deus mais perto e viva o seu Amor.
 
Com a palavra, o psicólogo Rodrigo Fernando Ribeiro
Espiritualidade é algo intrínseco ao ser humano. Substancialmente somos espíritos.O sacerdote jesuíta Pierre Teilhard de Chardin já afirmava que somos seres espirituais passando por uma experiência na terra. Nossa alma é de natureza espiritual. Se somos finitos enquanto corpo material, somos eternos enquanto substância imaterial. Essencialmente fazemos parte de um Projeto infinito, de um Projeto desejado por Deus, e Deus é Espírito, como atestam os textos sagrados.
Religião é a institucionalização da espiritualidade e, enquanto tal, enquanto significado etimológico (religião = reverência), pode e deve facilitar o caminho das descobertas da realidade espiritual, apesar de nem sempre ser assim, quando verificamos interesses institucionais escusos e inescrupulosos em alguns ambientes pecaminosos, com o intuito de manter alienada a massa de manobra, formada por fiéis abarrotados de crendices e superstições.
De volta à espiritualidade límpida e sem mácula... Percebemos a espiritualidade na simplicidade, na beleza, na gentileza, na ternura, na gratidão, no sofrimento, na dor, no alívio, na alegria, no prazer, na compaixão... nas sutilezas da vida, enfim. As experiências são várias onde podemos contemplar a presença do Espírito em nós: No olhar de esperança e nas humildes gargalhadas de uma criança, no entusiasmo recíproco entre os cônjuges pela partilha dos cuidados com a família, na melodia docemente anunciada pelos passarinhos, no desabrochar das flores,no encanto das cores do arco-íris,no lindo céu estrelado... São tantos momentos, instantes que se eternizam, como diria o poeta Elias José. São pedacinhos do Eterno em nós, até porque Ele está no meio de nós, dentro de nós.
O psicoterapeuta Carl Gustav Jung foi categórico ao afirmar que a integração espiritual é a grande terapia, sem a qual o indivíduo não se liberta das pragas das patologias. Outros profissionais do passado e do presente, representantes da Psicologia do Profundo, todos cuidadores da alma, intuíram o mesmo. Dentre eles, Viktor Frankl, Jean-Yves Leloup, Jacob Pinheiro Goldberg, Pierre Weil, EzioAceti, Mark W. Baker, Augusto Cury e outros mais. Em nosso país, o neurocientista FrancisodiBiase, ganhador do prêmio Albert Schweitzer e um dos representantes da Psiconeuroimunologia, demonstra a eficácia das orações e da meditação. Quer dizer: exercícios espirituais milenares sadios, tem ganhado cada vez mais o respaldo da ciência lúcida.
Parafraseando dois profetas, Oséias e Isaías, encerro dizendo assim: Não podemos mais perecer por falta de conhecimento; temos agora o direito e o dever de voarmos como as águias rumo ao discernimento!
 
 

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