Educação familiar e escolar para a contemporaneidade
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Pela primeira vez na história do Jornal da Região, dois profissionais se unem para abordar o mesmo tema, manifestando, cada um, o seu ponto de vista. Numa escrita sucinta e direta sem ser superficial, você leitor(a) terá a oportunidade de vislumbrar duas áreas do saber, tão substanciais para o nosso bem estar: Educação e Saúde Mental. Boa leitura!
Com a palavra, a Pedagoga Lenine Martins Faria:
Educação sempre é bem vinda em todos os lugares. Estamos equivocados quando pensamos que educação se faz somente no ambiente escolar. A educação familiar é primordial para desenvolver a base de formação do ser humano. É nela que se constituem as primeiras instruções sobre respeito, valores e crenças. Os filhos são reflexos das relações dos pais, reflexos do ambiente em que vivem.
A escola é responsável por transmitir conhecimentos, conduzir para aprendizagens onde se será capaz de desenvolver habilidades de preparação para o trabalho, para a vida, sendo auxiliadora na compreensão dos valores necessários para se viver em sociedade. Só podemos garantir uma educação integral e de qualidade, quando o ser humano tem acesso ou vive as duas formas de educação, familiar e escolar. Uma não é menos importante que a outra e, sem esta parceria, simplesmente não se concretizaria.
Com a palavra, o Psicólogo Rodrigo Fernando Ribeiro:
Educar é fazer enxergar... Evidentemente não apenas enxergar com os olhos, mas também com a alma, ou seja, é fazer com que a criança sinta a força da ternura que a envolve e estimula. Toda criança nasce um gênio em potencial. O que a criança deseja e precisa é aprender. Ao aprender, ela se sente útil, importante, pertencente, valorizada, satisfeita e feliz. Como a criança aprende? A criança aprende por imitação. Quer dizer: Adulto bem orientado orientará bem as crianças, multiplicará a inteligência nas crianças. Daí a necessidade da boa formação do adulto, que tem como responsabilidade instruir a criança. Eis a vital sacralidade educacional intrínseca à Família: educar para a sensibilidade, colaborar para quando chegar ao lar, o aluno se tornar estudante. A sociedade então ganhará um cidadão novo, hábil em edificar o tão sonhado mundo renovado.
Já na Escola, os professores estão diante de algo que mais se parece com um turbilhão. Existe uma forte agitação comportamental como consequência desses novos tempos mais flexíveis e libertários, também uma espécie de estilhaçamento de informações instantâneas e simultâneas, além da pluralidade de conhecimentos de fácil acesso, deixando o mundo hiper-interessante e, com isso, as pessoais mais hiperativas. O que fazer para serenar, para aquietar a mente? A resposta é milenar: orar e meditar.
