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Servidores públicos de Minas fizeram greve contra o RRF de Zema e ocuparam a ALMG em defesa dos serviços públicos

quarta-feira, 8 de novembro de 2023
Servidores públicos de Minas fizeram greve contra o RRF de Zema e ocuparam a ALMG em defesa dos serviços públicos Foto: Sindutemg/Divulgação

Ontem, 7 de novembro, os trabalhadores do serviço público de Minas Gerais fizeram uma greve geral contra projeto do governo Zema, que quer desmontar o estado e atacar os direitos do funcionalismo. A greve foi organizada pela Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, da qual o Sind-UTE/MG faz parte, e contou com a participação de milhares de servidores de diversas categorias, que ocuparam a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para protestar contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo Zema.

O RRF prevê a privatização de empresas públicas, o congelamento de salários e o corte de direitos, em troca de uma renegociação da dívida de cerca de R$ 160 bilhões que o estado tem com a União. A manifestação também teve o apoio de diversos movimentos sociais, sindicais e estudantis, que se somaram à luta em defesa dos serviços públicos de qualidade e acessíveis para toda a população.

Durante o dia, os trabalhadores realizaram várias atividades: debateram, em audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia (CECT), os impactos do RRF na Educação; dialogaram com deputados e percorreram gabinetes pressionando pela não aprovação do PL 1202/2019, que trata da adesão de Minas ao RRF; realizando uma assembleia conjunta do funcionalismo estadual para construir novas ações de enfrentamento da conjuntura de ataques aos seus direitos e ao patrimônio público por parte do governo de Romeu Zema.

Comissão adia votação após pressão 
A comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) adiou a votação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), prevista para a tarde de terça-feira, 7, após movimento de obstrução dos parlamentares da oposição ao governador Romeu Zema (Novo). Em movimento atípico do Parlamento, a sessão ainda contou com a presença massiva de servidores que protestavam contra o pacote econômico na assembleia.
 
Ocorre que, inicialmente, o presidente do colegiado e relator do RRF, deputado Leonídio Bouças (PSDB), acatou o pedido da oposição e transferiu a reunião de um plenário menor para o auditório José Alencar, com capacidade para 168 pessoas e que geralmente recebe audiências públicas e não reuniões deliberativas. O movimento facilitou a manifestação dos servidores, reagindo aos parlamentares com aplausos, vaias, além de gritos de “fora, Zema”.

Apesar de ter maioria de parlamentares da base do governador, os opositores ao Palácio Tiradentes utilizaram do regimento para fazer a obstrução da reunião, e, após quase três horas de discussão, um requerimento retirando da pauta todas as proposições foi aprovado e encerrou o encontro. O tom dos discursos dos parlamentares contrários ao Projeto de Lei 1202/2019, é de que não há pressa para votar o RRF. (Com Sindutemg/Estado de Minas)
 
 

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