Guaxupé, quarta-feira, 8 de maio de 2024
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Em Paraíso, desemprego atinge 1.047 trabalhadores no intervalo de 60 dias

terça-feira, 30 de junho de 2020
Em Paraíso, desemprego atinge 1.047 trabalhadores no intervalo de 60 dias Nesta época do ano, boa parte das contratações são de trabalhadores que atuam na colheira de café (Foto: Divulgação)

Guaxupé apresentou saldo de -127 vagas oferecidas no período

Em Paraíso, desemprego atinge 1.047 trabalhadores no intervalo de 60 dias

Guaxupé apresentou saldo de -127 vagas oferecidas no período
 
     Prejudicado pela crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, o emprego formal registrou, em maio, o terceiro mês seguido de desempenho negativo na maioria das cidades da região. Conforme dados divulgados na segunda-feira, 29 de junho, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, somente nos últimos dois meses em São Sebastião do Paraíso foram fechados mais de mil postos de trabalho com carteira assinada. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. A situação de desemprego se repete na maioria das cidades da região.
     Em todo o país o saldo negativo de maio foi influenciado especialmente pela queda nas admissões (-48% em relação a maio de 2019). No entanto, em relação ao mês de abril, verificou-se um aumento de 14% na quantidade de admissões. O crescimento das admissões em maio se deu em todos os setores de atividade, mais especialmente no setor da construção (+41,5%); agricultura (+28%) e comércio (+20,7). Em relação aos desligamentos, verificou-se uma redução de 31,9% em relação ao mês de abril. Essa redução se deu especialmente no setor do Comércio (-36%); Indústria (-33,7%) e Serviços (-33,1%). No último mês houve 703.921 admissões e 1.035.822 desligamentos. Com o resultado, o acumulado do ano chegou a -1.144.875 postos formais de trabalho. Em maio do ano passado, o saldo foi positivo, de 32.140, resultado de 1.347.304 contratações e 1.315.164 demissões. No acumulado dos primeiros cinco meses de 2019, houve 6.922.959 de admissões e 6.571.896 de desligamentos, o que resultou em 351.063 novas vagas de emprego com carteira assinada. Somente em Minas Gerais houve a redução de 33.695 postos de trabalho.
     Se em abril São Sebastião do Paraíso foi uma das cidades com maior índice de vagas de trabalho fechadas em função da pandemia, agora em maio a situação não é diferente. Mês passado no município foram registrados 606 postos com carteira assinada, volume menor apenas do que em Passos, que teve 668. Naquele período, ainda ocorreram na cidade 195 admissões e o acumulado do ano ficou em -52 vagas. Agora o balanço do mês de maio divulgado neste início de semana revela que a situação do trabalhador continua desfavorável. Paraíso gerou no período 309 admissões, mas teve 441 desligamentos, com saldo de -132 vagas e variação de -0,84%, segundo o Caged. Do acumulado no ano já são 2.107 admissões para 2.592 desligamentos e saldo negativo como ocorre com a maioria das cidades, exceto São Tomas de Aquino, Monte Santo de Minas e Itamogi. Somadas as 441 demissões de maio, com as 606 registradas em abril, Paraíso soma 1.047 desligamentos nos últimos dois meses. As contratações que chegaram a 195 em abril, subiram consideravelmente para 309 em maio, mas não a ponto de absorver o grande volume de mão de obra, que continua parado. A nova tabela do Caged não apresenta a segmentação por municípios de quais são os setores com melhor desempenho, o que antes era considerado um indicativo ao trabalhador para qual setor recorrer.
     Ainda da região, Passos tem os maiores volumes de admissões e desligamentos. Já entre as cidades menores, Jacuí teve apenas uma contratação e 10 demissões. Apenas a título de comparação, Guaxupé apresentou saldo de -127 vagas oferecidas no período. Itaú de Minas, apesar de pequena, teve 142 desligamentos, superando as demais cidades do mesmo porte. (Jornal do Sudoeste)
 

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