Na palestra da Fundação Clóvis Salgado, duas perspectivas para a Cultura guaxupeana
domingo, 19 de junho de 2022
Em uma hora e meia, Marta Guerra abordou diferentes temas culturais (Foto: Jornal da Região).
Neste domingo, 19, o Guaxupé Café Festival 2022 ganha a sofisticada apresentação da Banda Sinfônica do Cefart, Centro da Fundação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte.
Dois dias antes, na tarde de sexta-feira, 17, representantes da Fundação realizaram dois workshops e duas masterclasses na Estação Cultural. A diretora do Cefart, Marta Guerra, falou sobre Empreendorismo Cultural e Gestão de Projetos, para um público expressivo de agentes culturais.
De início, a palestrante elogiou a infraestrutura cultural da cidade e destacou o Cine 14 Bis, onde aconteceu a Mostra de Cinema Festival de Curtas Fundação Clóvis Salgado.
Ao abordar três formas de captação de recursos, a Federal, Estadual e Municipal, Marta informou que até a conceituada Fundação Clóvis Salgado, criada em 1970, enfrenta dificuldade de aprovação de projetos no governo Bolsonaro. A Fundação e o Palácio das Artes são um dos maiores complexos culturais da América Latina.
Ao responder uma pergunta sobre apoio cultural de empresas que, em tese, querem difundir produtos, Marta defendeu que as pessoas querem experiências, e não apenas o produto. Nesse sentido, o café em Guaxupé vai além de uma marca. É uma cultura imaterial.
Nesse encontro de capacitação profissional, o secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Marcos Bulled, acrescentou que o ISS (Imposto Sobre Serviços) pode ser deduzido para viabilizar ações culturais no município. No entanto, essa iniciativa não pode partir do Executivo municipal. Agentes culturais devem reivindicar com vereadores uma legislação nessa área.
Depois da informação de que contadores de grandes empresas deixam de oferecer patrocínio por conta da complexidade do processo documental, Bulled informou que Guaxupé receberá um especialista para se reunir com contadores locais, visando aumentar patrocínios e apoios culturais de empresas. (Sílvio Reis)
