O Ezequiel conta que observa a mata, escolhe um lugar mais adequado e amarra a câmera no tronco de uma árvore. O aparelho é camuflado pra não ser percebido pelos bichos. Depois que a câmera é ligada e programada, fica a expectativa para que algum animal apareça nas gravações.
“Eu observo a mata, o local, olho se há rastros de animais, se tem lugar em que estão mexidas as folhas. Quando encontro esse local, procuro uma árvore bacana para instalar o equipamento”, destacou.
Na mesmo mata em que as onças foram flagradas, Ezequiel conseguiu também registrar a passagem de uma jaguatirica.
“No mesmo local em que as onças foram filmadas, apareceu uma jaguatirica. Ela passa bem rápido, diferente da onça. A onça passa sossegada, pois ela é dona de si, não tem medo de nada. Já a jaguatirica é um pouco mais esperta, pois pode ser predada por outros animais também. Por isso, ela passa mais rápido”, falou.
As florestas de Arceburgo, abrigam animais das mais variadas espécies.
“Me sinto uma pessoa privilegiada por estar fazendo esse trabalho e poder captar essas imagens, mostrando para a população os animais que estão por aqui, para despertar um senso de preservação nas pessoas”, pontuou o vigia.
“A gente estimula o máximo possível para que as prefeituras, o estado, desenvolvam parcerias com os pesquisadores, para instalarmos essas câmeras no maior número de locais possível. Ai poderemos ter uma noção de como esses animais estão distribuídos no ambiente, o que pode ajudar as políticas públicas de preservação, por exemplo, estabelecendo corredores ou ampliando as áreas de mata nativa”, disse o professor da Unifal, Rogério Grassetto Teixeira da Cunha. (Com EPTV)