Guaxupé, quinta-feira, 18 de abril de 2024
Cidades

Exposição fotográfica de aves em Guaxupé inclui espécies da Mata Atlântica municipal

quinta-feira, 9 de junho de 2022
Exposição fotográfica de aves em Guaxupé inclui espécies da Mata Atlântica municipal Beija-flor rabo-branco-acanelado, de 15 cm (Fotos: Divulgação)

Três anos de trabalho e milhares de cliques resultaram em 20 fotografias para a exposição AvifaunaGuaxu, na Estação Cultural (antiga Casa da Cultura), de 9 a 12 de junho, das 18h00 às 22h00. Foram incluídas aves exclusivas da Mata Atlântica local para o Guaxupé Café Festival 2022.
O autor da exposição, Carlos Alberto Peixoto, se tornou fotógrafo para aprimorar suas pinturas em óleo sobre tela, que tinham a natureza como tema. “Inevitavelmente, as aves entraram em cena, pois são vistas com mais frequência e chamam muita atenção na natureza”, informa o artista.
Pintor e ilustrador há 15 anos, ele vem mesclando estilos e atualmente está se capacitando em relação ao turismo rural no município. As aves, assim como toda a natureza, têm um papel fundamental nesse setor.
AvifaunaGuaxu acontece depois de muitas queimadas em Guaxupé. “Tenho observado áreas de campos abertos, onde ocorreram queimadas de grande porte. É notável a diminuição de aves como o tico-tico-do-campo (A.humeralis), polícia-inglesa-do-sul (L. superciliaris), tico-tico-rei (C. cucullatus), entre outros, como papa-capins, que necessitam da vegetação para aconstrução de ninhos e fonte de alimento”, informa o fotógrafo, que aponta outras espécies ameaçadas de extinção.
“A família Thraupidae, dassaíras, saís, tiês, sanhaços e afins, cardeais, pipiras, tenténs, papa-capins, cabloclinhos, trinca-ferros, entre outros, também sofrem pela perda de hábitat. A especulação imobiliária é um ponto prejudicial para a biodiversidade local. Grandes áreas de campos abertos, banhados e bordas de mata perdem espaço, tanto para o aumento da produção agrícola quanto para o surgimento de novos bairros e residenciais.”
Sobre a diminuição de água em rios e cachoeiras, Peixoto cita aves que não são mais encontradas em Guaxupé. “A biguatinga (Anhinga anhinga) é um claro exemplar da necessidade de um volume grande de água nos rios. É uma ave de grande porte que necessita de uma quantidade de alimento que não está à disposição em nossos rios, com baixo volume d’água e poluição. Em geral, as aves limícolas e aquáticas sofrem de carência hídrica. O que se encontra em determinadas épocas são aves de passagem, como marrecos e patos fazendo migrações regionais. 
 
Locais de observação
No projeto AvifaunaGuaxu serão expostas fotos de aves de difícil observação, como o cabecinha-castanha  (Thlypopsispyrrhocoma), encontrada numa reserva particular no município. O príncipe (Pyrocephalusrubinus) se destaca pela beleza e cor vibrante (foto).
Na cidade, Peixoto citou o grande potencial para a prática de observação de aves no Parque Municipal Mogiana. “Áreas de reserva em fazendas, bordas de mata, banhados e cursos d’água também são ótimos pontos para a avifauna, como os arredores das fazendas Nova Floresta, Santa Maria, Boa Vista e Bocaina.
Carlos Alberto Peixoto faz parte do seleto grupo de fotógrafos do site Wikiaves. Das últimas 20 novas descobertas de aves em Guaxupé, pelo Wikiaves, 19 foram registradas por ele, que tem um perfil nesse site:
www.wikiaves.com.br/perfil_101a34285dff5ecParte desse acervo fotográfico pode ser visto no Instagram: @avifauna_guaxu @_cpeixoto.
O projeto AvifaunaGuaxuo bteve recursos do Edital n. 01/2022, de acordo com a Lei n. 1919 - FMCG, Fundo Municipal de Cultura de Guaxupé. (Sílvio Reis)

Confira as Fotos

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