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Depois do choque com a obra Balaústra, historiadora aprova projeto

quarta-feira, 12 de agosto de 2020
Depois do choque com a obra Balaústra, historiadora aprova projeto Obra de revitalização quebra calçada da Balaústra (Imagem: Redes Sociais)

A professora aposentada de História, Neide Barbosa de Souza Nascimento, é Historiadora Técnica em Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural e Técnica em Museologia. Por esse conhecimento e experiência, o Jornal da Região a questionou sobre as obras de restauração na Balaústra, no Complexo Arquitetônico Mogiana.
De modo geral, a retirada das lajotas com retroescavadeira causou polêmica e reprovação na cidade. “Devo dizer que, em princípio, fiquei em choque quando vi as balaústras cercadas e, posteriormente, as imagens das máquinas retirando o piso da calçada”, diz a historiadora. No entanto, ao se informar como estavam sendo conduzidas a restauração e os objetivos do projeto, Neide teve outra visão.
As obras de restauração do Complexo Arquitetônico Mogiana começaram a ser discutidas em março de 2018, quando o macroprojeto foi apresentado ao Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Guaxupé, e aprovado um mês depois, em 5 de abril.
A historiadora informa que um projeto de restauração de bens tombados, além de passar pela aprovação do Conselho Municipal, deve também receber aprovação do IEPHA, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Minas Gerais. Aprovado por estes dois órgãos, pode ser executado, sempre mantendo as diretrizes pré-estabelecidas por normas internacionais de proteção.
Segundo Neide Nascimento, “As Balaústras estão sendo preservadas e serão restauradas de acordo com suas características originais. Em relação à calçada, houve retirada manual das lajotas que estavam em bom estado e continham o nome do Sr. Puntell. Estas serão recolocadas, em contraste com as novas lajotas no mesmo estilo, que substituirão as peças deterioradas.”
Na essência, toda restauração busca manter ao máximo as características originais. Porém, a Balaústra sofreu deterioração que impede o seu retorno ao padrão original. “É comum associar elementos modernos aos antigos, compondo um belo quadro de respeito entre as épocas”, na avaliação de Neide Nascimento.

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