Guaxupé, sábado, 27 de abril de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Comida de casa

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
Comida de casa Imagem: Divulgação

Cada vez mais estamos comendo em casa comida de fora.
 
Comida feita fora de casa.
 
No entanto, não tão raro, em Família costuma ter alguém que cozinha bem.
 
Café da manhã, almoço, café da tarde ou jantar. São muitas as oportunidades que muita gente ainda tem.
 
Frequentemente nutrimos memória afetiva pelas gostosuras da vovó, da mamãe, do vovô também, e até do papai.
 
Nada contra comer fora de casa de vez em quando.
 
Mas nada a favor comer sempre fora de casa, ou sempre levar para dentro de casa comida de fora.
 
Quem passa dias fora de casa ou, por algum motivo de doença, fica acamado num leito de hospital, com lágrimas se recorda dizendo: “Quanta saudade da comida de casa”.
 
Claro, existem também pessoas que, fora de casa, num estabelecimento comercial feito com carinho, ou até num hospital onde possa haver cozinheiras amorosas e dedicadas, conseguem fazer tudo com muita dedicação e respeito. Quem experimenta se expressa com comoção e alegria afirmando: “Nossa, sua comida me fez lembrar a comida da minha mãe! ”
 
Comida de casa.


Pois é...
 
Em casa, o preparo do alimento é sagrado. É um momento de confraternização, aprendizado, concentração, diálogo e bom humor. Todos podem ajudar.
 
Até as crianças! Elas podem pegar e levar os legumes, as verduras e algumas frutas para o preparo que será feito pelos adultos, e depois juntarem as sobras, cascas ou demais partes que não serão utilizadas no almoço ou no jantar, por exemplo. Num café da manhã ou no café da tarde, as crianças podem levar os ingredientes para o preparo do pão de queijo ou do bolo, do suco, café ou chá. Bons exemplos não faltam. Podem enfeitar a mesa. Tudo muito simples, mas tudo muito importante. Aprendem brincando. Brincam aprendendo. Sim, pode ser bem divertido! Para todos!
 
O estupendo Chef Massimo Ferrari, sempre orienta que, ao entrar na Cozinha, devemos sorrir! Fazer a comida com sorriso no rosto, afinal, estamos em casa. O lar é território sagrado. Local de gratidão.
 
Depois vem a partilha...
 
A partilha do abraço e do pão, vamos dizer assim, que pode e deve ser feita com oração.
 
Eis a confraternização!
 
Está aí a força da comunhão.
 
E a louça? Quem vai lavar?
 
Duas ou três pessoas. Não é justo um único indivíduo lavar, a menos que ele queira muito, goste muito, se sinta bem. Sem opressão nem frustração. Que seja espontânea vontade de fazer algo. Sim, tem gente que prefere lavar a louça do que preparar a comida. Gosta de mexer com água, limpar. Diz ser terapêutico também. Faz bem. E faz feliz, naturalmente, pois se sente útil, colaborativo.

O preparo comunitário dos alimentos oportuniza ao indivíduo o sentimento de pertencimento, tão vital para a manutenção da saúde mental. É emocionalmente muito mais eficaz do que apenas sair por aí e pagar a conta.

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