Guaxupé, quarta-feira, 1 de maio de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Amor reverente

terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Amor reverente Imagem: Divulgação

Família...
Lugar onde se dizem os piores palavrões, as piores ofensas, onde se praticam as mais graves agressões, violações. De muitos modos, lugar de escândalo.
Relatei alguma novidade? Não. Apenas mencionei uma cena muito comum, presente em muitas famílias. Histórias de terror com complicações psicológicas, psiquiátricas, carcerárias e judiciais.
Na comunidade, na sociedade, no trabalho diante do patrão, não se deve fazer nada disso. Mas na família pode – é o que muitos acreditam.
Então, com as tensões e frustrações acumuladas, o indivíduo acaba despejando todas as suas angústias na forma de ira quando está no lar, porque no lar tem-se a sensação de que o afeto é garantido. Quer dizer: mesmo diante de explosões de fúria, a percepção é a de que todos ali continuarão juntos, convivendo, sobrevivendo, se suportando por toda a vida.
Se o sujeito violento se comportar na sociedade como se comporta no lar, poderá ir preso. No trabalho, poderá ser demitido. Na escola ou no clube, poderá ser expulso. Então, descarrega tudo na família. Eis o problema: Violência gera medo, revolta, dor, desânimo, raiva, sentimento de vingança. Ciclo vicioso.
Note que nem sempre família é uma coisa maravilhosa!
Recordemos na desgraça presente já no início da nossa história, segundo o relato judaico-cristão, onde um irmão mata o outro. Caim matou Abel.
Por outro lado, religiosos tem insistido que a família não precisa ser somente isso, essa confusão toda. E mais: a família pode evitar toda essa guerra.
Essas encrencas podem ser impedidas quando se cultiva o amor – diariamente. E isso depende de empenho, do esforço de cada um.
A família então passaria a ser igreja doméstica, santuário, território sagrado, casa de oração, lugar da partilha do abraço e do pão.
É possível? Claro que é!
Existe isso? Sim, claro que existe... Olhe por aí!
Hoje, com a facilitação dos meios de comunicação, uma rápida pesquisa poderá te dar acesso a dezenas e até centenas de relatos testemunhais sobre essa luz, sobre essa onda de paz, sobre essa civilidade promotora da felicidade coletiva, cultivada no lar onde as pessoas decidiram verdadeiramente fazer dele uma igreja doméstica. Um lugar de reverência.
Quem não aprende a amar no convívio familiar, enfrentará dificuldades em cultivar amor, mesmo estando participante semanalmente de uma Igreja qualquer.
De acordo com a conclusão da historiadora Emma BrunnerTraut, numa pesquisa sobre as principais religiões da terra, para ela, ninguém viveu nem pregou tão intensamente o amor quanto Jesus de Nazaré.
Aliás, se você acompanha meus artigos aqui, já leu que existem cada vez mais psicólogos entendendo o valor do ensino de Jesus Cristo, enquanto profundamente eficaz para o alívio das angústias da alma humana, dentre eles, os psicoterapeutas Augusto Cury (brasileiro), Mark W. Baker (estadunidense), Ezio Aceti (italiano) etc.
Para o cristão, no lar, o que precisa reinar é o Amor de Cristo.
As igrejas cristãs ensinam que os fiéis precisam se cristificar para encontrar a cura, a libertação, a justiça e a paz.
Interessante, não é!
Aliás, mesmo quem não tem muita afinidade por filiação formal à uma instituição religiosa, pode se inteirar a respeito da aplicabilidade ou eficácia prática do ensino de Jesus, fundamentado no próprio Jesus, quando ele disse assim: “mesmo que não acredite em mim, observe as obras que eu faço.” (João 10, 38).
Vale a pena ao menos pesquisar para confirmar.
Para se aprofundar na pesquisa, deixarei três referências de salutar leitura:
  1. Leia a frase de Paulo em 1 Timóteo 5, 8.
  2. Leia Amoris Laetitia, sobre o amor na família, do Papa Francisco.
  3. Leia o livro Educar para o Sagrado, do psicólogo italiano Ezio Aceti.
 
 

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