Guaxupé, terça-feira, 30 de abril de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Rota de colisão x Propostas de diálogo e colaboração

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Rota de colisão x Propostas de diálogo e colaboração Imagem: Divulgação

Não entre em rota de colisão.
Numa situação em que alguém estiver fora de controle, não entre em rota de colisão. Por quê?
Porque todos poderão ser destruídos. No mínimo, todos serão machucados, feridos, magoados – distanciados.
O que você pode fazer, de algum modo, e em tempo oportuno, é retirar alguém que você ama da situaçãodesnecessariamente conflituosa, evitando assim a confusão dolorosa.
Infelizmente o fanatismo – seja ele religioso, científico, esportivo, cultural ou político – é por natureza provocativo. Pessoas fanáticas não toleram a paz. Pessoas fanáticas preferem a guerra, o confronto, a destruição do que eles chamam de “inimigos”. Fanáticos querem ostentar poder que oprime e valentia que reprime. Querem mostrar “quem é que manda”, “quem pode mais”, “quem é o mais forte”, “quem é o mais belo”, “quem é o mais rico”, “quem é o mais sábio”, “quem tem mais vantagens”, “quem são os eleitos”, “quem são os que sempre vencem”. Uma manifestação de disputa tola e patética. Mas é assim que os fanáticos agem o tempo todo, num surto incorrigível, interminável e tedioso.
Se você está lúcido, cuidado com o veneno do fanatismo. Não faça igual. Não participe disso. Liberte-se disso! Afaste-se disso.
Repito: Se toda essa situação animalesca, egoísta, egocêntrica, exibicionista e delimitadora de território acontecer, e estando você ali, mais equilibrado, no meio do tiroteio verborrágico, saia então da rota de colisão, e leve com você os inocentes, indefesos e oprimidos.
Seja misericordioso com os mais frágeis, firme e corajoso para se defender da maldade.
Em relação aos pequeninos, aos mais frágeis, os acolha, toque, olhe nos olhos, abrace, mostre que está genuinamente interessado em ouvir, que você está ali verdadeiramente disposto e disponível para ajudar a acalmar. E tudo isso acalma mesmo.
Ternura cura. Proximidade afetuosa apazigua.
Precisamos, podemos e devemos cuidar cada vez mais e melhor das crianças. A criança não entende das dificuldades, dos perigos e das ameaças do mundo adulto. A criança mal entende o que acontece com ela, apenas chora, e chora pra tentar dizer aos pais, de algum modo, que precisa ser amada, e não agredida.
Então, o melhor e mais aconselhável é sempre evitar situações desastrosas. Algumas situações desastrosas poderão até se tornar tristemente irreversíveis. Por isso é um risco insano ficar brincando de probabilidades ou, na linguagem popular, é perigoso ficar dando sorte para o azar.
Um exemplo: Imagine você e um caminhão no trânsito. Sinal vermelho para veículos, sinal verde para pedestres. Você, pedestre, então começa a atravessar, mas se assusta pelo fato do caminhão não frear. O motorista ignorou o sinal vermelho para ele! Você, pedestre, não estava fazendo nada de errado. Se entrasse em rota de colisão, seria violentamente atropelado pelo caminhão. Num rápido gesto instintivo, você dá um salto para trás. Fica aborrecido, se sente impotente, pequeno, agredido, irritado. Mas apesar disso, ficou vivo.
Novamente: Estrategicamente, sensivelmente e inteligentemente se desvie da rota de colisão.
São poucas as situações em que precisamos tomar a frente para protegermos a integridade dos mais frágeis. Na maioria das vezes, é melhor e salutar saber desviar. Sair mesmo! Melhor ainda é nem se aproximar! Para isso, é necessário estarmos atentos.
A saúde e a vida serão preservadas.
Que neste ano que se inicia, 2022, saibamos ser, portanto, mais prudentes, intuitivos, mais simples, mais compassivos, mais humildes, mais capazes de discernir, e melhores promotores da paz, como orientou Jesus de Nazaré.
 

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