Guaxupé, quarta-feira, 1 de maio de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

A culpa como única companheira?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
A culpa como única companheira? Imagem: Divulgação

Os cristãos gostam de citar uma passagem da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, onde está escrito assim: “Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. O que era antigo passou; eis que tudo se fez novo.” (2 Cor 5, 17).
O mesmo Paulo, em outro texto, na Carta aos Romanos, cita, no capítulo 12 versículo 2, a necessidade da renovação da mente.
Jesus Cristo influencia a mente, o coração e o comportamento de milhões de pessoas no mundo inteiro. Há mais de dois mil anos é assim! Por isso, é tão observado de perto também pelos profissionais da Psicologia.
Essa expressão “renovação da mente”, em Psicologia, é denominada insight, introvisão, iluminação mental, autoconfrontação, autoconhecimento.
O resultado desse esforço é o aperfeiçoamento pessoal.
De fato... Deseja-se um comportamento requalificado, transformado, renovado, modificado, revivificado, dando um novo sentido à própria existência, um novo sentido para a vida, aprendendo a conviver melhor, a cuidar melhor da vida.
Mente renovada gera mesmo comportamento aprimorado.
Eis a nova realidade!
Ela é possível?
Claro que é! São centenas de milhares os testemunhos verificáveis sobre isso. Como pode ser falso? Não é falso. É fato.
O que ocorre é que há pessoas que decidiram não avançar. Gente possuída pela ilusão de que é a perpétua vítima injustiçada da eterna maldade cósmica. Gente que fica aprisionada no passado, se culpando, se culpando, se culpando; se deprimindo, se deprimindo, se deprimindo, crendo que assim conseguirá compaixão, afago e compreensão quando, na verdade, agindo sempre assim, possuída pelo “coitadismo”, afasta as pessoas, porque elas já não aguentam mais tantas e repetidas reclamações inúteis e tediosas sem fim.
Existem dois delírios perigosos no ser humano: o delírio de onipotência e o delírio de total incapacidade.
O sujeito que acha que tudo pode, se comporta como se fosse um Deus inabalável. A criatura querendo se tornar o Criador. Está delirando.
Do outro lado, tem oindivíduo que se considera um amontoado de coisas abomináveis do pântano. Também está delirando.
E em ambos os casos falta mais humildade do que inteligência. Não falta tanta inteligência porque, no fundo, o onipotente sabe que não é Deus, e o impotente sabe que não é um pleno imprestável.
Falta mais humildade para ambos reconhecerem que precisam de ajuda, aceitarem ajuda, e sempre surge alguém disposto a ajudar. 
 

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