Nossa curiosa necessidade de aprender
sábado, 27 de novembro de 2021
Imagem: Divulgação
Emília estava na sala de Dona Benta, mexendo nos livros. Seu gosto era descobrir novidades – livros de figura. Mas como fosse muito pequenina, só alcançava os da prateleira de baixo. Para alcançar os da segunda, tinha de subir numa cadeira. E os da terceira e quarta, esses ela via com os olhos e lambia com a testa. Por isso mesmo eram os que mais a interessavam. (Monteiro Lobato)
O ser humano se encanta com o nascer do sol, com o pôr do sol.
Vislumbra a imensidão do horizonte...
Se entusiasma com a lua, com as estrelas!
Fica perplexo com as distâncias.
O que está longe, gostaríamos que pudesse, de algum modo, em algum momento, chegar perto. Aconchegar. Ficar próximo. E mais: permanecer assim, bem juntinho.
O ser humano não quer apenas contemplar.
Nós precisamos tocar, para melhor sentir e compreender.
Na Psicologia das Religiões, é fascinante estudar e conhecer o Deus cristão que, lá do Alto, se encarnou, se fez homem, veio até nós, para ficar bem pertinho de nós. Ele se faz presença no pão e no vinho. Um Deus que se pode sutilmente tocar. O Criador do Universo se faz pequeno e humilde, presente na simplicidade do pão... Ele nos enviou o Espírito, que nos habita, está dentro de nós, no meio de nós, nos orienta, protege. O sopro que nos dá a vida e nos ressuscitará.
Na nossa compaixão, nas nossas atitudes de misericórdia, nas nossas orações, na renovação da nossa mente, na requalificação da nossa existência, nós também vamos até Ele, e num ímpeto de transcendência, transbordamos...
Sensibilizados, espiritualizados, nos humanizamos.
Nos tornamos pessoas melhores para habitar o tão sonhado mundo novo.
