Retirando as máscaras: “Virge Maria!”
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
Foto: Divulgação
Em época de pandemia, muito daquilo que já se orientava em Psicologia vem ganhando maior compreensão pela população.
O uso de máscaras nos permite verificar melhor e mais rapidamente duas coisas: o olhar e o tom de voz de cada pessoa. Ou seja, expressões frequentemente despercebidas por nós no dia a dia.
Mas a Psicologia sempre vem orientando: observai as sutis expressões faciais e o som da voz. Na linguagem não-verbal o inconsciente se faz visível.
O tom ou o som da voz nos permite compreender melhor as emoções manifestadas durante a fala de alguém.
O olhar também... Os olhos nos revelam muitas emoções, sentimentos, expectativas, opressões, medos, fantasias, pensamentos. Olhe e veja! Comece a enxergar! Fica tudo tão claro.
Outra coisa que surge no uso de máscara é a percepção da nossa própria imaginação. Tomamos maior e melhor consciência da nossa capacidade imaginativa quando ficamos ali, olhando para alguém com máscara, tentando imaginar com poderia ser a outra parte do rosto desse indivíduo.
E quando esse alguém, por algum motivo e por algum tempo, retira a máscara... Surpresaaaa!!!
Não era bem o que a gente imaginava.
E as reações silenciosamente mentais pululam: “Misericórdia”, “O que é isso”, “Nossa”, “Cruz credo”, “Virge Maria”, “Jesus”, “Santo Deus”.
Claro, o contrário também pode acontecer: “Puxa vida, que rosto lindo”, “Que gracinha”, “Olha só, que beleza!”, “Que preciosidade”, “Quanta delicadeza”.
De qualquer modo, são oportunidades de aprendizagem... Podemos aprender a ficar mais atentos às expressões importantíssimas outrora despercebidas ou até ignoradas, e podemos aprender também a não prejulgar nem tentar prever ou apressadamente imaginar uma imagem qualquer antes de melhor conhecer.
