Uma deusa, um sonho…
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
(Ilustração: Filtro da obra “Vênus” - 1963, do pintor Milton Dacosta /1915-1988, natural de Niterói - RJ)
Diz toda sorridente que sonha em ser uma deusa, mal sabe ela que já possui todos os seus encantos!
Sim, é a beleza estonteante em pessoa, um encantamento que faz sonhar, um feitiço de mulher!
Por onde passa é de arrancar suspiros, sua beleza encanta a todos, seu corpo escultural deixa homens tomados por desejos e seus olhos divinos fazem florescer sonhos e poesia.
Outrora, por uma beleza assim, gregos e romanos foram seduzidos e caíram em tão divino encanto!
Estar diante dela é contemplar a deusa do amor e da beleza! Vênus, idolatrada pelos romanos e Afrodite, venerada pelos gregos! Um corpo escultural como ideal de beleza feminina.
Mulher jovem, bonita e sedutora, como se desfilasse nua em um carro alegórico guiado por cisnes.
Uma deslumbrante Vênus, filha de deuses ou da espuma do mar de dentro de uma concha, não importa, seu encantamento vai além de qualquer origem, de moradas celestiais, palacetes e até de uma humilde favela. Seu erotismo transcende a magia e conquista corações de príncipes, deuses e pobres mortais.
Deusa lendária, seu nome identifica planeta e é símbolo do gênero feminino, na imagem de um círculo e uma cruz.
Poderia sim, ser Vênus ou Afrodite, mas é Maria das Dores, a Dorinha, balconista da padaria de uma esquina qualquer, uma mulata de tirar o fôlego, que no Carnaval é porta-bandeira da escola de samba da vila e se transforma em deusa num enredo de sonhos e fantasia.
Salve, Dorinha, Vênus e Afrodite!
