A guerra é a face odiosa da imbecilidade. Idiotice não se espalha apenas em bombardeios, mas também entre neodoutores em geopolítica. Sem possuir oportuna especialidade, relembro uma citação antiga, atribuída a vários autores: “a primeira vítima da guerra é a verdade”. Num embate, cada lado tem sua versão visando atingir o oponente. O problema é quando apenas um lado é divulgado como verdade pela grande mídia corporativa ocidental, atrelada aos mandos do imperialismo norte-americano, que possui histórico de golpes, invasão, destruição e morte mundo afora.
Em tempo de fake news, quando se informa desinformando, as mentiras são propagadas na rapidez e poder de uma bomba. O efeito da destruição é o surgimento de novos entendidos em assuntos bélicos. Demarcando posicionamento, a histeria da barbárie ousa até promover a “herói” e “mito” um fantoche sabidamente neonazista, o que trará sérias consequências mundiais.
No turbilhão de sanções econômicas e comoção seletiva surgem cancelamentos culturais xenofóbicos, imbecilidade sem limites, revelando a que ponto chega a arrogância dos que se acham donos do mundo. Nessa avalanche sórdida, sobrou até para Iuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço e proferir a célebre frase: “a Terra é azul”. Em tempo tão hostil, agora deve estar cinzenta entre trevas. O cosmonauta teve seu nome retirado de um evento para arrecadação de fundos de uma organização norte-americana. Uma política obtusa de cancelamento contra o próprio avanço da humanidade.
Sim, a guerra é um campo fértil para a estupidez!