Eutanásia: libertação do sofrimento animal e humano
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Em algumas situações é necessário que os animais sejam eutanasiados. Isso porque algumas doenças causam o sofrimento do animal e da família, mas não levam o animal à morte.
Neste caso, o primeiro passo é examinar o animal, ver se realmente o quadro não pode ser revertido. Considero, quem procura pelo médico veterinário para eutanasiar um animal que tem doença de pele e que causa mal cheiro, ou porque vai embora da cidade, algo criminoso. Acredite, isso acontece com certa regularidade. E é proibido sacrificar animais saudáveis.
O passo seguinte é acolher a família, que viveu anos com um animal, que agora está próximo de partir. Eu deixo como opcional a pessoa ver o último suspiro ou ficar em sala à parte. Uma outra parte importante da eutanásia é que, se realizada conforme as recomendações do Conselho Federal de Medicina Veterinária, ela será indolor para o animal.
Por princípios que tenho para mim como éticos, jamais "recomendo a eutanásia". Pois acredito que a minha função seja cuidar. Mas, se procurado e se o animal está realmente em quadro de sofrimento e com doença irreversível, realizo o procedimento como forma de aliviar o sofrimento.
Mas, acreditem, mesmo com a experiência, mesmo não tendo laços de família com o animal, eu sofro ao fazer estes procedimentos. Pois tem uma grande carga emocional envolvida. Mas, o lado positivo é que os animais despertam em nós este lado.
"E, por mais que você tenha partido, o som das suas patinhas ficará soando nos meus ouvidos sempre que eu chegar em casa." (Autor Desconhecido)