Guaxupé, sábado, 20 de abril de 2024
Aristides Torres Filho
Aristides Torres Filho Terceira Margem do Rio Guaxupeano, escritor, poeta e tradutor. E-mail: aristidestorres080@gmail.com

O Jornal da Região e o mito da Fênix

domingo, 5 de julho de 2020
O Jornal da Região e o mito da Fênix Fênix era uma ave que jamais morria, renascendo sempre das cinzas. (Foto: Divulgação)

       Acredito que todos conhecem o mito da Fênix: era uma ave que jamais morria, renascendo sempre das cinzas. Quando soube que o Jornal da Região estava voltando em formato digital, meu coração disparou de felicidade. Afinal, um jornal é tudo para uma cidade e Guaxupé já teve  quatro semanários funcionando ao mesmo tempo.  É muito triste quando acaba um jornal, uma revista. Esses órgãos são essenciais para a democracia, para levar e trocar conhecimentos e sabedoria. Assisti pasmo à morte de grandes órgãos informativos: O Pasquim, Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Jornal da Tarde, Jornal do Comércio, Diário de Notícias e uma infinidade de outros.
     Quando era jovem,  frequentava o Clube Guaxupé. Lá eu não ligava para sinuca,  sauna, gostava mesmo era de jogar xadrez e ler os jornais e revistas. O Clube assinava jornais e revistas do Rio,  de São Paulo, de Belo Horizonte e os locais. Lia-os todos. Foi ótimo, pois me deu uma grande base para a vida, principalmente naqueles tumultuados anos 50 e 60. 
          Agora, em meio a essa escuridão promovida por esse desgoverno e pela Covid-19, fico sabendo da volta do Jornal da Região pelas redes sociais. Não posso deixar de louvar essas duas bravas guerreiras, Paulina e Aline, mantendo acesa essa sagrada chama da comunicação e informação. São de mulheres como essas que o Brasil precisa mais do que nunca, preocupadas não só com a informação, com a formação e o saber. Fora disso não há salvação. Como dizia nosso grande poeta Drummond: "Para acordar os homens e adormecer as crianças."
           Nessa volta à crônica, não quero falar de coisas tristes e de desgraças, que são muitas. Quero falar de beleza, de arte e de harmonia. São assuntos mais do que necessários,  meus amigos. O Jornal da Região tem um corpo de cronistas maravilhosos. Leio-os todos. Sou um leitor compulsivo de cronistas. Aqui no Rio conheci vários: Drummond, Vinícius, Bandeira, Zuenir, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Eneida e muitos outros. 
              Bem, para encerrar essa crônica, vai um pedacinho da letra de música do Paulo Cesar Pinheiro e Maurício Tapajós, chamada Pesadelo.
"Quando o muro separa, uma ponte une. De repente olha eu aí de novo perturbando a paz, exigindo o troco. O muro caiu,  olha a ponte da liberdade guardiã. O braço do Cristo, horizonte abraça o dia de amanhã. Que medo vocês tem de nós"....
 
Aristides Torres Filho é guaxupeano, escritor, poeta e tradutor.
 

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