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Amparo

sexta-feira, 10 de setembro de 2021
Amparo Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns (Foto: Divulgação)

"Deixei os aposentos centenários do cardeal-prefeito da Congregação dos Bispos e me dirigi, de imediato, à Basílica de São Pedro, onde olhei para o lugar em que -  eu sabia, pelas informações do professor da Sorbonne -  estavam os restos mortais de São Pedro. Então, pela primeira vez na vida adulta, quando me lembro, eu chorei. Chorei tanto, que uma pessoa desconhecida veio bater-me no ombro perguntando: 'O senhor padre está se sentindo mal?' Respondi: 'Sim, mas só Deus pode curar esta fraqueza que no momento me invade o corpo e a alma.'" (Trecho do livro autobiográfico Da Esperança à Utopia, testemunho de uma vida)
 
Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, um homem que soube levar a simplicidade de São Francisco de Assis, bem como a força e a coragem do Evangelho de Jesus Cristo.
Assim como Cristo, sendo Dom Paulo um cristão, também foi duramente criticado.
Criticado especialmente por tentar apoiar alguns partidos ou homens da política. Mas Dom Paulo nunca foi partidário. Ele apenas acreditava que a política é um meio possível de se fazer caridade. Certamente, com o passar do tempo, se decepcionou com alguns partidos e com homens que não honraram os princípios do bem comum, da felicidade enquanto uma realização coletiva, e não como um desejo de satisfação egoísta.
Apesar das aflições da vida, Dom Paulo jamais desanimou!
Tinha coragem e pedia coragem a todos!
A sua coragem estava alicerçada na esperança, e tinha esperança porque nutria fé – acima de tudo, fé no Senhor Jesus.
Dom Paulo recebia a todos e ia ao encontro de todos – gente rica, gente pobre.
Abriu mão dos palácios e dos luxos comuns da sua posição hierárquica na Igreja Romana, para com isso poder ajudar ainda mais aquelas pessoas que tinham pouco, ou até nada tinham para sobreviver.
Dom Paulo foi exemplo de acolhimento.
Seu acolhimento amoroso lhe deu credibilidade.
Dom Paulo foi sinônimo de amparo.
Seu amparo dava conforto àquelas pessoas que mais sofriam.
Dom Paulo preservou seu sorriso de gratidão a Deus pela sua missão, até o fim de sua vida na terra. Faleceu no ano de 2016, aos 96 anos de idade.
Um exemplo de cristão, assim como tantos outros.
Nesses nossos dias difíceis, podemos ser também, cada um de nós, amparo uns para os outros. (Nicola Archangello)
 

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