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Breve experiência terrena

quarta-feira, 25 de agosto de 2021
Breve experiência terrena Imagem: Divulgação

Breve experiência terrena...
O que significa essa afirmação?
Significa uma profunda convicção a respeito da nossa substancial eternidade.
Mas que eternidade é essa, se todos sabemos que o nosso corpo um dia terá um fim, morrerá, será enterrado e desaparecerá?
Evidentemente a eternidade não é uma característica desse nosso corpo frágil, limitado, corruptível, mortal.
A eternidade se refere à nossa alma. Se o corpo é de natureza material, a alma é de natureza imaterial. O corpo, por ser terreno, é finito. A alma, por ser imaterial, feita imortal, é infinita.
A alma é espiritual. Sendo de natureza espiritual, não pode morrer, e ninguém pode matá-la.
A fé cristã – bastante influente na mente, nos corações e no comportamento de milhões de pessoas – afirma que numa outra existência, definitiva e vindoura realidade de vida, denominada Ressurreição, a alma será revestida por outro corpo, um corpo glorioso, com as características da espiritualidade, como bem explicou Paulo e como demonstrou Jesus Cristo ao aparecer Ressuscitado.
Aspectos de toda essa explicação encontram respaldo não somente religioso, mas também filosófico e psicológico.
A Religião não duvida. Sempre creu na alma, numa realidade viva e plena da presença do amor de Deus, denominada Céu.
A Filosofia explica com vários argumentos, nos orientando a saber pensar.
E a Psicologia do profundo demonstra essa nossa natural intuição que transcende a mediania, e transborda nossas rotineiras experiências transitórias de peregrinação terrestre.
Claro, estamos no terreno da fé.
A fé é uma força psíquica, que se alimenta de atividades mentais como a oração, o silêncio, a respiração serena e profunda, a meditação, a contemplação e a compaixão. 
Todas essas atividades não dão conta de nos explicar todas as coisas, todas as realidades – nem as terrenas nem as da eternidade.
Mesmo assim, quem se dedica a orar, cultivar momentos de breve silêncio meditativo e contemplativo, quem é capaz de viver uma vida simples, humilde, quem nutre gratidão e é eficaz em partilhar sorriso, abraço e pão, sabe que quando a vida na terra acaba com a morte, não é o ponto final.
Invariavelmente – mesmo sem reconhecer ou sem saber – todo ser humano tem, dentro de si, esperança de plenitude!
Essa esperança não é falsa... ela é intuitiva, é uma busca, é o que nos move, nos motiva e entusiasma, e também é capaz de organizar os pensamentos, equilibrando/harmonizando nossos sentimentos.
Mesmo não compreendendo tudo, mesmo não aceitando tudo, mesmo se frustrando com as aflições, mesmo se revoltando com todas as espécies de injustiças e monstruosidades, sabemos intimamente que a maldade é um erro de percurso, um caminho danoso e perigoso enquanto fruto de escolhas equivocadas, que também atinge inocentes.
Temos dentro de nós a semente da eternidade.
Em cada gesto de amor partilhado, em cada olhar de esperança, em cada sorriso de gratidão, são todos bons momentos que se eternizam.
Não se eternizam apenas na nossa capacidade de memorizar e recordar. Se eternizam enquanto aspectos a serem plenamente vivenciados numa definitiva dimensão de vida que, por enquanto, sabemos apenas alguns fragmentos, poucos aspectos. Mas já nos foi revelado o que poderemos ter: O Céu.
Queremos a presença do Amor de Deus.
Assim como Maria, desejamos ficar cheios da graça de Deus.
Você já tomou consciência disso?
É isso que você deseja?
A decisão é tua... (Nicola Archangello)
 
 

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