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Cacofonia constante de insensatez

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
Cacofonia constante de insensatez

Em épocas de datas comemorativas, pertencentes enquanto características marcantes do cristianismo, os frutos podres das propositais e maledicentes incompreensões forçosas de grupos opostos não cessam. Seguem atrapalhando.
Os opositores ao catolicismo sempre papagueiam as mesmas críticas infundadas todo o ano, o tempo todo. Estou falando aqui em “papaguear” não para ofender os oponentes, mas para exaltar que as críticas são por eles feitas sem reflexão, sem estudo, sem conhecimento de causa. Repetem as críticas, mas não refletem nas bobagens que insistem em pronunciar. A repetição só tem sentido quando fundamentada numa reflexão coerente e com conhecimento, com aquilo que corresponde à realidade. Não é o caso dos protestantes. A maioria deles repete feito papagaio: apenas repete, mas não reflete.
E todos já conhecem a verborragia acusatória: Católicos adoram imagens, adoram Maria, rezam Ave-Maria e repetem as mesmas palavras no terço; católicos não oram, eles rezam, acendem velas, acreditam que Jesus é uma casquinha de água com farinha; acreditam nos santos, rezam pelas almas dos mortos, acreditam no purgatório, confessam os pecados com o padre; leem textos fora da Bíblia, acreditam no Papa, penduram nas paredes crucifixo com Jesus pregado, sendo que Jesus já ressuscitou;acreditam no Sudário de Turim, por isso e muito mais todos eles, os católicos, irão pro inferno.
Blábláblá, blábláblá, blábláblá... Sempre as mesmas acusações.
É muito simples desmanchar, desfazer e esclarecer todas as infundadas críticas protestantes. A Igreja sempre fez isso com serenidade e clareza ao longo dos seus dois mil anos de história. Não presta atenção quem não quer – ou quem já não pode mais, petrificado que está no fanatismo cego e alienante.
Vamos então, mais uma vez, às explicações, mesmo sendo elas singelas e resumidas.
 
Imagens: As imagens servem para imaginar. Nesse sentido, elas tem o seu valor pedagógico de evangelização. Deus mandou fazer imagens (querubins, serpente de bronze, arca da aliança). Imagens são feitas para serem veneradas. Venerar não é adorar. Imagens cristãs não são imagens pagãs. Imagens também não são deuses. Católicos veneram imagens e adoram somente ao Senhor. Todos sabem que Deus é Espírito e deve ser adorado como tal. Ponto.
 
Maria: Ela é Mãe do Senhor. A expressão “Senhor”, na Bíblia, significa “Deus”. Maria é Mãe do Senhor. Note: Mãe do Senhor, Mãe de Jesus ou Mãe de Deus, são sinônimos! Jesus e o Pai são um. Deus é trino e único. São três pessoas da trindade santa. Mas é o mesmo e único Deus. Um único Deus com três aspectos: O Criador (Pai), o Redentor (Filho) e o Amor (Espírito Santo). Maria não criou Deus. Foi Deus quem criou Maria. Ela é criatura de Deus. Mas não é uma mulherzinha qualquer. Ela foi preparada por Deus de modo singular.Maria recebeu em seu ventre o Deus encarnado. Foi Mãe Dele. Nesse sentido ela é Mãe de Deus. Jesus foi verdadeiro homem, verdadeiro Deus, plenamente homem, plenamente Deus. Maria não teve intimidade sexual com José. O sangue de Jesus é o sangue de Maria. Por isso se afirma: Tudo por Jesus, nada sem Maria. Não há nenhuma dificuldade em entender algo tão simples assim... Maria é medianeira e co-redentora, pois está intimamente e eternamente unida ao único mediador e redentor, Jesus Cristo Salvador. Pronto! Não há incoerência nenhuma nisso! É simples filosofia e correta teologia. Scott Hahn, ex-pastor protestante, entendeu muito bem isso e explica muito bem tudo isso e muito mais, corrigindo os erros costumeiros dos anti-católicosespalhados pelo mundo inteiro. Um livro fantástico de Schott Hahn, ele que é Doutor em Teologia, se chama “O Banquete do Cordeiro”. Nesse livro, o autor conta detalhadamente os motivos de sua conversão quando entendeu de uma vez por todas que, verdadeiramente, “a Missa é o Céu na Terra”. Não tenha medo da Verdade! Leia você também. E para compreender muito bem o papel crucial da Mãe de Jesus na história da salvação, assista a palestra do Dr. Scott Hahn: “Maria, a Mulher do Gênesis ao Apocalipse”. Quanto à Oração da Ave-Maria, é uma junção entre o que está no Evangelho de São Lucas e a autoridade da Igreja. Uma oração preciosa. Observe: Maria disse que todas as gerações a proclamariam bem-aventurada. O Anjo Gabriel disse a ela: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está com você.” Se Deus está com Maria, por que os protestantes ignoram tanto a Mãe de Jesus? Ela nem aparece nas pregações dos pastores. Serão os pastores mais sábios que o próprio Deus e mais espertos que os membros da Igreja fundada pelo próprio Jesus há mais de dois mil anos?
 
Orações repetidas no terço: A repetição favorece a concentração, a memorização, a interiorização, a conversão, a salvação. E mais: Jesus Cristo, num momento de angústia, repetiu a mesma oração por três vezes. No Salmo 136 a mesma frase é repetida 26 vezes. Um atleta, artista ou cientista realiza bem sua tarefa porque a repetiu diversas vezes. Nosso coração bate repetidas vezes. A nossa respiração é feita de repetidos movimentos de inspiração e expiração. As estações do ano se repetem em primavera, verão, outono e inverno. Temos dias e noites se alternando na repetição. Qual é o problema que esses protestantes tem com a repetição? Talvez esses protestantes sintam certo desprezo invejoso, pois acabam fazendo coisas parecidas. A cada frase pronunciada pelo pastor, alguns empolgados membros da igreja não tardam em repetir “Jesus”, “Glória a Deus”, “Jesus”, “Oh Glória”, “Amém”, “Aleluia”, “Oh Glória”, “Ó Senhor”, “Amém, Jesus” e por aí vai. O que estão fazendo, senão repetir, repetir, repetir! Só eles estão autorizados a repetir palavras e frases? Só eles são os “bonitinhos” e “queridinhos” do Senhor? Quando os outros repetem está errado; mas quando são eles que repetem está tudo certo? Que estória é essa?
 
Orar e rezar: Aqui nem merecia comentário, tamanha falta de conhecimento e bom senso de grande parte dos protestantes. Rezar e orar são sinônimos. Não precisa nem recorrer à Teologia. Basta ir ao Dicionário.
 
Vela: Na procissão, por exemplo, não se pede que cada fiel leve uma caixa de fósforos nem um isqueiro. Todas as velas são acesas na partilha da chama maior, simbolizada pela vela maior, representando a luz de Jesus. Todos ficam iluminados. É apenas uma simbologia. Só isso. Simbologia.
 
Jesus é uma casquinha de água com farinha? Ora... É preciso ter mais respeito às palavras de Jesus. Ninguém está autorizado a falsificar as palavras pronunciadas pelo Mestre. Ele disse: ISTO É O MEU CORPO; ISTO É O MEU SANGUE. Cristo é a Eucaristia. Na Eucaristia está verdadeiramente/realmente presente o corpo, o sangue, a alma e a divindade de Jesus Cristo. Difícil entender isso? Sim, por isso a Igreja diz: “Eis o mistério da fé.” Quer dizer: É um mistério, é um milagre, só pode ser aceito pela fé nas palavras de Jesus e no ensino da Igreja que Ele fundou. Na Igreja que Ele fundou, jamais se duvidou da sua presença real na Eucaristia. Após a consagração feita pelo sacerdote, o pão continua com aparência de pão, mas é Cristo. O vinho continua com aparência de vinho, mas é Cristo. Aqui não há simbologia.
 
Santos: A santidade é um pedido de Deus para nós. Ele nos pede para sermos santos, porque Ele é santo. O autor da carta aos hebreus chega a afirmar que sem a santidade nós não veremos Deus (Hb 12, 14). Os santos foram pessoas comuns como nós, com defeitos, pecados, imperfeições, falhas, tentações; passaram por sofrimentos, tormentos, tribulações, enfrentaram forte batalha espiritual enfim. Mas perseveraram até o fim! Defenderam o Evangelho com força e coragem. Encararam o inimigo de Deus e o venceram. Os santos são modelos de comprometimento e cumprimento do ensinamento de Jesus. Muitos se tornaram mártires, doutores e doutoras da Igreja de Cristo. São exemplos de vida para nós.
 
Rezar pela alma dos mortos e a crença no purgatório: Trata-se de uma prática necessária, santa e piedosa, de acordo com o Segundo Livro de Macabeus, fundamentado na esperança da ressurreição.Se assim não fosse, a fé seria vã, supérflua, equivocada. Note bem: Todos morreremos imperfeitos. No entanto, nada imperfeito poderá entrar na glória celeste. Àqueles que em vida buscaram pela conversão e salvação, no purgatório terão a oportunidade final de aperfeiçoamento pessoal. Purgatório significa isso: purgar, purificar, aperfeiçoar. Totalmente purificados, plenamente limpos, sem máculas na alma, os indivíduos serão chamados pelo Senhor e contemplarão a Sua resplandecente Face. Somente a alma purificada em Deus será revestida pelo corpo glorioso, incorruptível, com as características da espiritualidade. Existem outras fundamentações bíblicas, inclusive no Novo Testamento, devidamente explicadas pelo Magistério da Igreja, que poderão ser verificadas no Catecismo da Igreja Católica, que dão sustentação à realidade do purgatório. Basta ler, estudar, buscar entender.
 
Confessar os pecados com o padre: Os bispos e os padres seus auxiliares são os legítimos sucessores dos apóstolos (discípulos) do Senhor. A primeira ordem de Jesus dada aos discípulos, logo após ressuscitado e ter aparecido foi a ordem de ouvir os pecados, perdoá-los ou não (João 20, 19-23). A confissão dos pecados junto ao sacerdote não é uma invenção da Igreja, mas uma ordem de Jesus, autorizando a Igreja a fazer. Fica difícil entender os motivos pelos quais os protestantes deturpam tanto o que está registrado com tamanha clareza no Evangelho!
 
Sobre ler textos além da Bíblia: Primeiramente é preciso deixar claro que a Bíblia é um produto da Igreja. Deus enviou Jesus. Jesus enviou a Igreja. A Igreja produziu a Bíblia. A Igreja tem autoridade de interpretar corretamente as Sagradas Escrituras, porque é instruída pelo Espírito Santo, e é a Igreja quem definiu quais são os livros sagrados. A Bíblia completa contém 73 livros, e não 66 como a Bíblia dos protestantes. Não foi o Magistério da Igreja Católica que acrescentou livros na Bíblia. Foi precisamente o contrário: Os protestantes retiraram livros das Escrituras. Em segundo lugar, a Bíblia não é um livro completo. Deus não está preso de capa a capa. Deus transcende a Bíblia! Na própria Bíblia está escrito que Jesus fez tantas e tantas outras coisas, que não caberiam em livros do mundo inteiro se todas elas fossem escritas. A Bíblia contém a essência da mensagem da fé cristã. Em seguida, o Magistério da Igreja vai nos ajudando a compreender cada vez mais e melhor essa fé, interpretando corretamente os sinais dos tempos (Lucas 10, 16; 1 Timóteo 3, 15).
 
A figura do Papa: O Bispo de Roma, também chamado de Papa, é o sucessor do apóstolo Pedro. Em mais de dois mil anos de história, esse Ministério Petrino jamais foi interrompido. Jamais, mesmo com alguns conluios irresponsáveis, devassos e até criminosos ocorridos em momentos ruins da história. Pessoas tentaram manchar e destruir a Igreja de dentro pra fora e de fora pra dentro. Nunca conseguiram. Por quê? Porque foi o próprio Jesus quem garantiu que as portas do inferno jamais conseguiriam prevalecer sobre a Sua Igreja. Onde o pecado é grande, a graça é ainda maior, disse Paulo (Romanos 5, 20). Observe que interessante: Jesus funda a sua Igreja na fé e na pessoa de Pedro, na Palestina, há mais de dois mil anos e, logo após ressuscitado, Jesus confirma a missão confiada a Pedro de cuidar de Suas ovelhas (Mateus 16, 16-19; João 21, 15-17). O atual bispo de Roma, Francisco, é o 266º (ducentésimo sexagésimo sexto) sucessor de São Pedro.Faça uma pesquisa histórica você mesmo: partindo de Francisco e voltando na História, você chegará a São Pedro. Partindo de São Pedro e avançando na História, você chegará a Francisco – invariavelmente. Isso é História, não é invenção da Igreja Católica. Alguns protestantes mal intencionados dizem que o papado foi invenção do imperador romano Constantino. Mentira! Quando o imperador Constantino deu liberdade de culto aos cristãos, no ano de 313 (Edito de Milão), antes disso já tinham assumido o Ministério Petrino (Bispos de Roma) 32 papas. Você entendeu? De Pedro a Constantino foram 32 papas! Constantino não fundou nada.
 
Crucifixo com Jesus pregado: Não há nenhum católico que duvide da Ressurreição de Cristo! O fato de uma imagem representativa de Jesus pregado na cruz fazer parte do catolicismo, dos rituais litúrgicos e da decoração de ambientes sagrados, significa apenas que devemos lançar à essas imagens nosso olhar reflexivo. É para que pensemos: Ele, o Senhor, morreu crucificado por nós. Jesus recebeu chicotadas, cusparadas, zombaria, coroa de espinhos, ponta de lança, pregos. Foi violentamente agredido. Incompreendido. Ofendido. Sentiu dor imensa. Sentiu sede. Passou por um estresse agudo. Sentiu angústia profunda, devastadora. Sofreu tudo isso por nós. Ninguém sofreu como Ele. Ninguém nos ama como Ele. E o que estamos fazendo por Ele? Como estamos nos comportando diante D’Ele? A imagem de Jesus crucificado nos ajuda a imaginar. Somos seres táteis e sensíveis. A imagem é recurso pedagógico e evangelizador. Olhamos, tocamos... Quando olhamos e tocamos, refletimos, nos envergonhamos do que fazemos e pensamos. Daí podemos então, no arrependimento e na confissão, nos reconciliar, nos arrepender, nos converter e receber a recompensa eterna.
 
Santo Sudário: Não é pintura, não é queimadura, não é fotografia. Não é da Idade Média. Não é uma falsificação. Pelos estudos exaustivos feitos e repetidos há mais de 40 anos por especialistas de todas as áreas científicas, católicos, protestantes, judeus, ateus, confirmou-se a autenticidade do tecido e da marca nele registrada. O homem que ali está verdadeiramente Ressuscitou e, na história, sabemos quem é: Jesus de Nazaré. Não há nada, absolutamente nada no mundo que possa ser comparado ao Sudário. As marcas que ali estão confirmam em detalhes o relato da flagelação. E o corpo que ali está é como se tivesse “explodido” em milionésimos de segundo, o suficiente para marcar o tecido sem queimá-lo. O Cristo se tornou Luz! Um “milagraço”! Pesquise o testemunho do cientista BarrieSchwortz, um dos que participou da pesquisa. Assista ao programa explicativo sobre o Sudário, um programa exibido pela Rede Século 21, riquíssimo em minuciosos detalhes, elaborados pelo Padre Guido Mottinelli e pelo cientista Antônio Carlos Corcione. O nome do programa é: “Programa Ecclesia Especial Santo Sudário”. Eu infelizmente já ouvi protestante dizer que se trata de um tecido feito pelo diabo. Só pude dar risada diante deum disparate desse! Absurdo! Ridículo! Mesmo se assim tivesse ocorrido, o diabo então de fato seria uma besta, pois teria feito um “milagre” a favor de Deus.
 
Conclusão
As demais comunidades cristãs tem a sua importância. Deus é Espírito, sopra onde quiser. Não cabe a nenhum de nós impor limites a Deus. As igrejas protestantes possuem aspectos da Verdade, mesmo que nelas a compreensão seja ainda de modo incompleto e fragmentado, por terem se separado da Barca de Pedro. Mas nessas comunidades cristãs também acontecem bênçãos, milagres, muitas pessoas se convertem, passam a amar Jesus. É uma pena que, além de se interessarem pelo Evangelho, se interessem também e de modo obsessivo pelo anti-catolicismo. Os protestantes pretendem ser amigos de Jesus, mas sentem aversão pela Igreja que Ele fundou.
Aqui é necessário fazer outro esclarecimento, da ordem da nomenclatura, construída com o passar do tempo, inspirada pelo Espírito Santo, que se refere ao título Igreja Católica Apostólica Romana.
Igreja significa a comunidade dos fiéis que se reúnem para adorar o Senhor Jesus, examinar Seu ensinamento e colocá-lo em prática.
Católica é uma palavra que designa o amor universal de Jesus pela humanidade. É vontade de Jesus que todos se salvem. Jesus não tem nenhum tipo de pensamento tribal, exclusivista, egoísta.
Apostólica é a palavra usada para se referir à autoridade tradicional dos apóstolos, dos discípulos primeiros de Jesus.
Romana significa a sede mundial do cristianismo, que é a cidade de Roma, local do martírio de São Pedro e São Paulo. Abaixo do Vaticano está o túmulo de São Pedro. Percebeu aqui o detalhe impressionante? O Vaticano foi construído acima do túmulo daquele que recebeu a missão de se tornar o administrador visível da Igreja de Jesus! Será isso obra do acaso ou será providência! Essa informação histórica já é de antigo conhecimento da Arqueologia. E agora? O que os protestantes irão dizer? Que tudo isso é invenção da Igreja Católica?
A Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano de 2021, no pontificado de Francisco, pede fraternidade e diálogo como um compromisso de amor. É possível sim cultivar uma “cultura do encontro”, utilizando as próprias palavras do Papa, e que todos possam compreender que “unidade não significa uniformidade”, ou seja, cada um pode manter a sua identidade religiosa, e também promover a comunhão naquilo que é comum: O Amor a Jesus.
Por outro lado, com fanáticos é impossível estabelecer diálogo. Eles não aceitam, eles rejeitam, eles se distanciam, pois acreditam que, caso se aproximem, serão contaminados. Fazer o quê? Orar por eles... (Nicola Archangello)
 

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