Guaxupé, quarta-feira, 24 de abril de 2024
Saúde

Após quase duas semanas na Onda Roxa, índices da pandemia não melhoraram em Minas

sexta-feira, 2 de abril de 2021
Após quase duas semanas na Onda Roxa, índices da pandemia não melhoraram em Minas Foto: Reprodução/AEN

Taxa de incidência da Covid por 100 mil habitantes no Estado cresceu quase 47% entre os dias 15, antes do anúncio das medidas restritivas, e 29 de março

Os índices da pandemia do coronavírus em Minas Gerais crescem a cada semana sem sinal de trégua. Mesmo com todas as 14 macrorregiões na Onda Roxa, que permite o funcionamento apenas das atividades essenciais e impõe toque de recolher das 20h00 às 5h00, há quase duas semanas, dados do programa Minas Consciente apontam que a situação não melhorou na maioria das cidades – somente Triângulo Norte e microrregião de Patos de Minas puderam avançar para a Onda Vermelha, menos restritiva, a partir de segunda-feira, 5.
Conforme os números, a incidência de casos confirmados de Covid-19 por 100.000 habitantes no estado saltou de 235 no dia 15 de março, antes da implementação da Onda Roxa, para 330 nesta semana, um aumento de 47%. Já o grau de risco geral, que mede a situação da doença em uma escala de 0 a 32, permaneceu em 26. Outro dado preocupante é em relação às vagas de internação: no estado, há apenas três leitos de UTI para tratamento de pacientes contaminados a cada 100.000 habitantes.
Ainda há duas regiões com grau de risco máximo para a pandemia. Nos municípios do Sul de Minas, a incidência da Covid-19 saltou de 217 para 353 casos confirmados por 100.000 habitantes nas últimas duas semanas – uma alta de 62%. Ainda não ocorreu nenhuma mudança na ocupação dos leitos de tratamento intensivo, que permanecem em 97%, segundo balanço do Minas Consciente. Na região Leste do Sul, que integra cidades como Ponte Nova, Manhuaçu e Viçosa, na Zona da Mata, onde também há grau crítico, houve uma alta de 16,9% na incidência de casos – existem apenas 1,3 leitos de UTI Covid-19 disponíveis para cada 100.000 habitantes.
Área com a principal estrutura hospitalar do estado e que abriga os municípios da Grande BH, a situação da região Central piorou desde o início da Onda Roxa. Os dados apontam que a ocupação dos leitos saltou de 91% para 95% e a taxa de incidência da Covid-19 cresceu 50% na comparação com a última semana. Na última quarta-feira, 31, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, enfatizou que as restrições só vão ajudar a reduzir novos casos e óbitos com o apoio da população e dos gestores locais.
"Nas regiões em que há maior sensibilização da população e maior empenho da gestão municipal, a gente vê que os frutos são colhidos de forma mais rápida. A Onda Roxa como medida isolada não surte efeito, a gente precisa de todo o comprometimento da população", disse. Como exemplo, o dirigente citou a macrorregião Noroeste, que entrou na fase mais restritiva no mesmo período que a maioria das cidades mineiras. A incidência do vírus na localidade teve uma leve alta de 7%, o que é considerado pelo programa como estabilidade da transmissão. (O Tempo)
 

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