Falando de política
domingo, 6 de setembro de 2020
Dias atrás, o médico, ex-prefeito de Muzambinho e também ex-deputado Marco Regis, assinou matéria falando de projeto do deputado Antônio Carlos Arantes. Indignado, Marco Regis achou um absurdo o deputado Antônio Carlos Arantes favorecer uma mineradora que insiste em expandir sua retirada de ferro, mesmo sob opinião contrária de entidades ambientais, da população, do Ministério Público Estadual e dos vereadores do município de Moeda-MG, onde fica a mineradora. Como bem colocou Marco Regis, por que um parlamentar oriundo da área rural sul mineira e que deveria ser um defensor da natureza, vem agora se meter com uma mineradora de ferro nos cafundós do Quadrilátero Ferrífero?
Realmente é um absurdo. Antônio Carlos já acumula mandatos de parlamentar na Assembleia mineira, porém não se tem visto nada de consistente na sua atuação. “Não cheira e nem fede”, como diz o ditado popular e já passa da hora de sair de cena.
Se o país vive atolado em crises é porque a maioria dos políticos pouco tem feito de concreto, não resta dúvida. Vamos nos reportar para Guaxupé. O que temos visto de importante no crescimento da cidade e sua gente? Tem político há vinte anos ganhando e ainda quer continuar. Na convenção de partidos, dias atrás, não é que o presidente do Avante, o vereador Donizetti Luciano dos Santos, o Zetinho, apoiando a candidatura de Heber Quintella, disse que “ele merece ampliar seu sucesso na carreira política”. E ainda fez uma lista do que tem que se fazer em Guaxupé nos próximos anos. O que é isso, vereador? Por que você também não executou projetos para o real crescimento de Guaxupé? Os guaxupeanos estão tendo que sair da cidade pela absoluta falta de empregos e condições de viver aqui e o que esta Câmara que agora sai fez de realmente benéfico para a cidade? O que ela fez de pior a gente já sabe: fechou as portas para o povo de Guaxupé e aliou-se ao Executivo.
E com relação aos partidos, o que temos acompanhado, é um verdadeiro absurdo! Um toma o partido do outro, num verdadeiro cabo de guerra, para saber “quem pode mais”. São os velhacos da política querendo levar vantagens e, como sempre, sem a menor preocupação com o povo. A gente viu que o Partido Socialista Brasileiro, PSB, que até então tinha como presidente João Tadeu Silva, o Tadeu da Saúde, pré-candidato a prefeito, foi assumido por Mário Marcelino, mas que foi substituído agora pela vereadora Maria José Cyrino, que se intitula a nova presidente do partido. Para quem está de fora, o que se vê é a clara intenção de prejudicar Tadeu e tirá-lo do páreo. É óbvio que ele, numa provável disputa, tiraria votos do candidato da situação, daí a preocupação de fazer com que não concorra. São os imbróglios da política, numa cidade em que muitos querem que tudo fique como está, para não haver crescimento e desenvolvimento. Muitos querem esta mesmice renitente, mas esquecem-se que os que estão no poder há anos nem guaxupeanos são e já fizeram o que sabiam e podiam. Não dá para sair mais nada, nem espremendo ou apertando.
