Guaxupé, quinta-feira, 25 de abril de 2024
Cultura

Obras de Clara Sandroni ganham relançamento digital

domingo, 14 de março de 2021
Obras de Clara Sandroni ganham relançamento digital Foto: Divulgação gravadora Kuarup

Com familiares e amigos em Guaxupé, a cantora Clara Sandroni visita com frequência a “terra das abelhas”. Carioca, ela ganhou mais mineiridade ao morar em Belo Horizonte. Depois do mestrado e doutorado em música, em duas instituições federais do Rio de Janeiro, hoje ela é professora de Canto Popular na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG.
Com dez discos lançados, e um lançamento adiado em função da pandemia, quase a totalidade dos álbuns de Clara Sandroni já estão nas plataformas digitais. No catálogo da gravadora carioca Biscoito Fino tem três discos de Clara, que poderão ganhar clima de relançamento este ano.
No álbum Clara Sandroni (1989), a Biscoito Final incluiu três músicas inéditas. Essencialmente MPB, o disco tem a participação de Milton Nascimento em Um Índio, de Caetano Veloso. Em 1985, Clara foi convidada por Milton para um dueto em A Primeira Estrela, no álbum Encontros e Despedidas.
Outros dois discos, que tiveram lançamento independente, foram licenciados pela Biscoito Fino: Saravá, Baden Powell! (2002), com Clara e Marcos Sacramento, e Gota Pura (2010).
O disco Cassiopeia, título de uma música do cubano Silvio Rodríguez, é distribuído pela Tratore, de São Paulo. Em 1985, ela viajou com o irmão Carlos Sandroni e a cantora Joyce para Cuba, onde conheceram Pablo Milanês, Sílvio Rodriguez e a Nova Trova Cubana.
Outros cinco álbuns da cantora estão sendo divulgados pelo selo Kuarup, incluindo três projetos coletivos de Clara com a Lira Carioca: É Sim, Sinhô - Vol I e II (1999) e Notáveis Desconhecidos, 2002. Trabalhos coletivos interessam à cantora. Atualmente, em Belo Horizonte, ela é integrante e vocalista do grupo musical Praça Onze, que pesquisa a história do choro e do samba.
Até agora, o único álbum que ainda não chegou às plataformas digitais é Tempo Algum, de Clara Sandroni e Paulo Baiano (2001).

 
Heranças culturais
A música e arte de escrever são heranças culturais na família. Em 1998, Clara lançou o livro 260 dicas para o cantor popular profissional e amador, pela ed. Lumiar. Anteriormente, realizou cursos de Canto Popular no Festival de Verão do Conservatório de Música de Curitiba. Também participou da criação da Associação Brasileira do Canto.
O avô materno, Austregésilo de Athayde, presidiu a Academia Brasileira de Letras (ABL), de 1959 até 1993. O pai e jornalista Cícero Sandroni, filho dos guaxupeanos Ranieri Sandroni e Alzira Ribeiro Sandroni, também foi presidente da ABL, no biênio 2008 /2009. A mãe de Clara, Laura Austregésilo de Athaide Sandroni, é escritora e cantora. O irmão Carlos Sandroni é violinista e parceiro musical. Juntos, estão preparando o próximo 11º disco de Clara.
 
 

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