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A liberdade em Cristo Jesus

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
A liberdade em Cristo Jesus

Deus não nos autoriza a pecar

Para você, a Bíblia Sagrada é de fato Sagrada? Para você, a Bíblia contém a Palavra de Deus? Você verdadeiramente compreendeu que a Palavra de Deus é uma Pessoa? Você entendeu que a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Jesus Cristo, Filho de Deus Pai, se manifesta ressuscitado em seu Espírito, Ele que está vivo no meio de nós? Você sabe mesmo que Jesus deixou o seu ensinamento na forma de mandamento, e que o Senhor nos pede obediência, para que, no cumprimento da nossa missão, sejamos livres, justos, libertos, felizes e tenhamos a recompensa eterna?
As coisas tem o valor que projetamos nelas. Se você realmente valoriza as Sagradas Escrituras, e se de fato para você Jesus Cristo é o Senhor e Salvador, o Caminho, a Verdade e a Vida, prossiga nessa importante leitura que nos ilumina e liberta, fundamentada no texto sagrado.
Confira, com paciência, uma por uma das citações bíblicas aqui registradas, para que você conquiste um entendimento cada vez mais amplo e eficaz. Internalize, assimile, vivencie!
Vamos juntos, enquanto companheiros de viagem...

 
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De acordo com a Bíblia Sagrada, o cristão será julgado pelo seu comportamento (Romanos 2, 6; Apocalipse 3, 16).
Todo mundo sabe o que significa comportamento. O que nem todos percebem é que o comportamento que se espera de um cristão é um comportamento de conversão (Marcos 1, 15), de renovação da mente(Romanos 12, 2). Sem conversão e sem mente renovada, a conduta não poderá ser cristãmente conscientizada, civilizada. O pensamento lúcido determina a conduta de comprometimento com o ensinamento de Jesus.
Quando lemos os textos sagrados, especialmente o ensino de Jesus Cristo (Novo Testamento), entendendo ser Jesus a chave de compreensão ou correta interpretação das Escrituras, podemos enxergar que está muito evidente a orientação de afastamento, de distanciamento daquilo que desagrada a Deus, daquilo que zomba do sacrifício de Cristo. Confira na Bíblia as seguintes citações: Salmo 1; Provérbios 4, 14-16; 1Coríntios 15, 33-34; 1Pedro 5, 8; Mateus 6, 13.
O que está em permanente batalha entre Deus e o Diabo é a nossa alma que, de acordo com as nossas escolhas, poderá se salvar ou se perder (Daniel 12, 2; João 5, 28-29). Será que isso é uma brincadeira? Será isso uma piada? Será a salvação ou a perdição da nossa alma umalenda que nos contaram? Estão nos enganando há milênios e ninguém percebeu? A Bíblia mente? Jesus não sabia o que dizia? Os apóstolos eram alucinados? A Igreja está em surto? Ou será que somos nós que estamos abandonando, deixando de lado a importância das realidades espirituais eternas? Pense nisso.
Paulo chegou a dizer, com lágrimas nos olhos, a tristeza que sentia ao presenciar a atitude de indivíduos que se comportavam como inimigos dacruz de Cristo (Filipenses 3, 18). E foi Paulo quem também nos orientou sobre a realidade da batalha espiritual (Efésios 6, 12).
Por essa trajetória suja, intoxicada, envenenada, pecaminosa, de zombaria à cruz de Cristo, traçada pelo mau comportamento de muitos adultos, muitas crianças são expostas a escândalos, muitas crianças diariamente são incluídas em ambientes libertinos. Crime! Crime contra a infância!
Jesus é contundentemente severo com aqueles que escandalizam crianças (Mateus 18, 6).
Será que o povo tem perecido somente pela falta de conhecimento (Oséias 4, 6), ou também tem se aproximado da ruína, da perdição e da condenação pela concupiscência, pelo espírito de deboche, ostentação, luxúria, acídia, afeição pelas coisas da terra, zombaria e teimosia?
A julgar pelo tempo de instrução, de acordo com o autor da Carta aos Hebreus (Hb 5, 12), já era para o cristão adulto ser mestre, mestre na coerência entre aquilo que crê, diz e faz, mestre em conduta santa (Gênesis 1, 26; Levítico 11, 44; 1Pedro 1, 15-16), mestre em vida correta aos olhos de Deus (Jó 28, 28; Provérbios 9, 10), mestre na fé (Mateus 7, 24-27; Tiago 1, 22).
Deus não autoriza ninguém a pecar (João 8, 1-11; Mateus 12, 34; Marcos 7, 20-23; João 12, 44-50; Tiago 1, 13-15; Gálatas 5, 16-17; Colossenses 3, 2; 1 Pedro 2, 16).
O pecado causa danos...
Observe bem o que orientou Teresa de Áliva (Santa Teresa de Jesus), em seu livro Castelo Interior ou Moradas: “Todos os danos provêm de não nos conhecermos devidamente (...). Terríveis são os ardis e as manhas do demônio, para que as almas não se conheçam, não progridam, nem entendam o Caminho a seguir (...). Grande miséria é viver sempre com inimigos à porta, em contínuo sobressalto, sem poder dormir nem comer desarmado, com receio de que por alguma brecha lhe arrombem a fortaleza.” (Primeiras moradas, capítulo 2, número 11; Terceiras moradas, capítulo 1, número 2).
Nesse mesmo livro, note quão linda e profunda a compreensão do amor, segundo Teresa: “O amor consiste numa total determinação e num total desejo de contentar a Deus em tudo, em procurar, o quanto pudermos, não ofendê-Lo.”(Quartas moradas, capítulo 1, número 7).
É leitura salutar outros três livros, complementares a esse raciocínio que estamos fazendo: Oração e autoconhecimento (do monge AnselmGrün), Educar para o sagrado (do psicólogo EzioAceti) e AmorisLaetitia (do Papa Francisco), e compreender que nós somos território sagrado (1 Coríntios 3, 16), e que o nosso lar deve se tornar e permanecer igreja doméstica, santuário, casa de oração (1 Timóteo 5, 8). Cuidar de nós, da nossa família, da nossa fé, espalhar uma onda de paz na Terra (Mateus 5, 9).
Vemosperfeitamente em tudo isso instruções de prudência – instruções ao cristão que precisa, pode e deve recusar certos ambientes perniciosos e algumas pessoas que escolhem fazer pacto com o Mal.
Se assim não fosse necessário e verdade, deixaria de ter sentido a oração que Jesus nos ensinou: “livra-nos do mal” (Mateus 6, 13). Que sentido faz em pedir a Deus o livramento, se a própria pessoa busca permanecer próxima de tudo aquilo que é mal, e de todos aqueles que optaram pelo mal? Sentido nenhum...
O cristão faz pacto com Cristo Jesus, e cabe ao cristão também defender a sua fé de modo civilizado, como bem orientou Pedro (1 Pd 3, 15-18).
O cristão deve estar bem atento à essa orientação de Pedro, para poder prosseguir no Caminho da Graça, sem se aborrecer consigo mesmo, nem ficar preocupado demais com os outros, por ter causado neles estranheza e ganhado deles rótulos depreciativos ou ofensivos. O cristão segue a Jesus Cristo. Ponto. Não negocia a Verdade com ninguém, não negocia seus valores de salvação, de busca pelo cumprimento da missão e da recompensa eterna.
O cristão tem a missão de evangelizar, de testemunhar, de favorecer e oportunizar situações de conversão. Essa é uma forma de partilhar, de estender a mão para ajudar. Lembremos do que Jesus disse em Mateus 25, 31-46, em Atos dos Apóstolos 20, 35 e em Lucas 15, 1-10. Mas foi Jesus quem também disse para não atirarmos pérolas aos porcos (Mateus 7, 6), afinal, o livre arbítrio – um presente precioso e perigoso – foi dado a todos. Muitos sentem aversão às coisas de Deus. Não querem abandonar seus pecados de estimação, e se irritam com a presença do cristão. Cabe ao cristão se afastar. Só não cabe ao cristão deixar de orar e de abençoar.
É possível nos afastar sempre e o tempo todo de ambientes e pessoas que estão nas trevas?
Vivendo neste mundo, nem sempre é possível evitar todas as situações, nem sempre é possível se distanciar de todas as pessoas, especialmente quando em contexto familiar. Por isso, muitos evangelistas nos recordam mais uma vez de Jesus, quando Ele nos disse para sermos luz, mesmo quando estivermos em meio às trevas. Esse é o dever do cristão, ser luz, irradiar a Luz esperançosa e vitoriosa de Cristo... e mais: ser sal, temperar a vida, dar saborsalvífico à nossa existência (Mateus 5, 13-14; 1 Pedro 2, 4-5. 12. 15; Apocalipse 1, 6). Por ser assim, por estarmos no mundo, compreendemos uma oração de Jesus ao Pai: "Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno." (João 17, 15).
Desse modo, devemos orar e vigiar, orar sem cessar (Mateus 26, 41; 1 Tessalonicenses 5, 17; 1 Pedro 5, 7), orar com o espírito que Deus nos deu, ou seja, comespírito de fortaleza, amor e sabedoria (2 Timóteo 1, 7), promovendo a paz (Mateus 5, 9 ; Hebreus 12, 14), confiantes que em Jesus teremos alegria e alívio (Jeremias 17, 7-8; Salmo 4, 9; 34, 9; Gálatas 5, 22-23; Filipenses 4, 4; Mateus 11, 28; Hebreus 12, 1-2; João 15, 5; 2 Timóteo 4, 6-8).

 
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O Senhor te abençoe e te guarde.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te conceda a Graça.
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz.
 
Números 6, 24-26
(Nicola Archangello)

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