Guaxupé, sábado, 20 de abril de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

Prossiga na missão (breve relato testemunhal)

sexta-feira, 2 de julho de 2021
Prossiga na missão (breve relato testemunhal) O psicólogo Rodrigo Fernando Ribeiro faz um breve relato da sua escolha profissional, a psicologia (Foto: Arquivo Pessoal)

Deixarei aqui um fragmento de vida escolar, e subsequente escolha profissional, que poderá ajudar algum jovem em época de decisão por uma universidade, algum colega de profissão ou outro alguém que queira ressignificar sua decisão.
Por isso, acompanhe o breve testemunho, se quiser...
Eu fui um daqueles jovens estudantes que teve a oportunidade de buscar e encontrar uma profissão melhor adequada à minha personalidade, ao meu temperamento, aos meus traços de caráter, às minhas habilidades e inclinações.
Fui auxiliado pelos meus pais, apoiado por alguns amigos e orientado por dois profissionais da Psicologia.
Formei-me em História, Psicologia e Educação. Fui aproveitando as chances, e desenvolvendo o sentimento de gratidão.
Durante toda a minha participação no mercado de trabalho, nunca fiz outra coisa senão o exercício da Psicologia, em vários contextos (clínico, organizacional, institucional, educacional, esportivo), no setor público e particular.
Meus colegas e eu sempre tivemos a alegria da presença de excelentes e inesquecíveis professores!
Durante a minha formação em Psicologia, passei a ter contato com o psicoterapeuta José Ângelo Gaiarsa - polêmico Gaiarsa.
Dr. Gaiarsa mantinha posicionamentos e opiniões das quais eu discordava plenamente, e sigo discordando nos dias de hoje. Tínhamos valores completamente diferentes. Apenas alguns pontos em comum. Mesmo assim, o nosso contato não foi encerrado, as nossas conversas não foram impedidas... Ao todo, o contato durou sete anos, até o falecimento do Gaiarsa em 2010, aos 90 anos de idade.
Ainda no ano de 2003 ele foi gentil ao aceitar deixar sua residência na cidade de São Paulo para palestrar por dois dias na cidade de São José do Rio Pardo, num evento onde eu e colegas da Psicologia, junto do apoio da Prefeitura, organizamos com entusiasmo.
Concluí o curso no ano de 2006. Telefonei pro Gaiarsa contando a novidade. Ele me disse: "Meus pêsames." Somente muitos anos depois fui entender melhor esse "banho de água fria"...
Noutra conversa "menos chocante", eu já com uma razoável experiência inicial na profissão, e sentindo um pouco do tédio sofrido pelo profissional da saúde mental diante das repetições intermináveis de alguns pacientes viciados em "resmunguice", eu pensava em começar a fazer outra coisa. No entanto, o Gaiarsa declarou numa espécie de sentença: "É bicho, mas não dá mais pra voltar... você já avançou muito bem, é a sua missão."
E assim prossegui a jornada.
Até tentei fazer outras coisas. Não deu certo.
Falando nos dias de hoje: Estou mais uma vez de férias, e no primeiro dia de férias, durante o sono, em sonho o Gaiarsa esteve presente.
Conversávamos serenamente, como de costume. E ele, outra vez, me oportunizando uma sugestão de prosseguir bem na profissão. Na verdade, foi apenas um reforço, uma relembrança, uma recordação de algo que ele dizia, palestrava e escrevia. Uma obviedade despercebida pelas nossas distrações.
Vou seguindo, afinal, toda genuína missão tem suas alegrias e seus dissabores.
O sonho é uma parte da nossa história que nos permite requalificar valores.
Ajudam muito, quando corretamente interpretados.
Somos "espiritualmente" remunerados - uma boa maneira de acolher novas oportunidades materiais sem perder a nossa essência.
Mudar é possível - claro que é. Pode ser até necessário, especialmente quando inicialmente fazemos escolhas erradas.
Por outro lado, quando acertamos no princípio, seguir na missão é necessário. As distrações não podem nos ofuscar nem definitivamente desanimar.
Espero ter ajudado você, de algum modo, a pensar na sua própria história. (Guaxupé, dia primeiro de julho, do ano de 2021)
 
 
 
 

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