Guaxupé, terça-feira, 16 de abril de 2024
Rodrigo Fernando Ribeiro
Rodrigo Fernando Ribeiro Psicologia e Você Rodrigo Fernando Ribeiro é psicólogo (CRP-04/26033).

O jeito de Maria de Nazaré

quinta-feira, 22 de abril de 2021
O jeito de Maria de Nazaré Imagem: Divulgação

AVISO: Neste artigo, assim como no artigo anterior (O jeito de Jesus de Nazaré), além de outros semelhantes com a temática espiritual, você leitor (a) terá acesso a um conteúdo pertencente à fé cristã, com análise psicológica. E é preciso esclarecer algo importante: A Psicologia das religiões não faz proselitismo nem comprova assuntos de apologética. O que a Psicologia faz é refletir sobre aspectos que influenciam a mente e o comportamento de milhares de pessoas. O psicólogo é um analista de comportamento. A fé é uma decisão pessoal e está inserida num contexto familiar, cultural. Já areflexão psicológica, que não interfere na liberdade de crença, é apresentada apenas como coerência interpretativa de adesão compreensiva, referente estritamente ao aspecto da fé do crente, e de suas relações interpessoais. Acompanhe com atenção:
 
Maria de Nazaré...
Uma jovem pensada por Deus, amada por Deus, preparada por Deus.
Cheia de ternura, plena de confiança, exemplo de esperança.
A Mulher que disse SIM à vontade de Deus, tornou-se Mãe do Salvador.
Maria esteve sempre ao lado de seu filho Jesus.
“Maria que fez o Cristo falar, Maria que fez Jesus caminhar”, assim canta Padre Zezinho. Deus reúne as pessoas que se amam.
Quem é mãe amorosa, e também quem é pai presente, sabe bem da importância dessa atenção cuidadosa.
De Deus que é Amor, Maria recebe o dom de amar.
Maria se torna Mãe do Senhor. Existe missão humana maior?
Aos poucos Maria foi compreendendo quem era o Menino Deus.
Apoiada por José, ambos, pai e mãe, foram amparando os passos do Redentor. Existe alegria humana maior?
Mas na terra existem tribulações. No princípio, os pecados da desobediência e do crime começaram a manchar a história daqueles que foram feitos à imagem e semelhança de Deus. O ser humano veio então se perdendo.
Jesus Cristo foi ,por muitos, desobedecido, açoitado, morto. Ainda nos dias de hoje Ele é zombado, rejeitado. Existe, para o coração de Mãe, dor maior?
Maria experimentou a maior de todas as alegrias humanas, o nascimento de seu filho, e também a pior das dores, o modo como seu amado Menino foi crucificado.
Nenhum ser humano entende tanto de amor e dor quanto Maria.
Com Maria invariavelmente se chega até Jesus.
Deus escolhe Maria para que a humanidade pudesse conhecer Jesus.
Entendendo melhor Maria, entende-se ainda mais Jesus.
Maria é modelo de mulher e mãe. Exemplo de santidade.
Para uma humanidade tão adoecida, Maria passa a ser cada vez melhor apreciada, buscada, querida, compreendida, com mais razão e menos superstição.
A comunidade cristã que adora a Deus, inclui na oração e na meditação a correta veneração àquela Mulher que aponta para a salvação, mostra o Salvador, que é seu Filho, para o alívio nos momentos de tribulação.
O que essa simples Mulher, Maria de Nazaré, traz de reflexão para o contexto da Psicologia?
Como a Psicologia é filha da Religião sadia e anda de mãos dadas com a correta Teologia, vamos aprofundar um pouquinho mais, para melhor responder a essa pergunta.
Frei Clodovis Boff, exímio teólogo, nos ajuda a pensar, ao afirmar assim:
Deus, na sua bondade, na sua sabedoria, decidiu escolher uma mãe para o Seu Filho que se encarnaria, se faria homem no meio de nós.Maria pertence ao plano sapientíssimo, amorosíssimo e onipotente de Deus.Nós precisamos entrar na lógica de Deus, para poder valorizar a pessoa de Maria.Maria é a grande figura da , é a grande figura do seguimento, é a grande figura da Graça!Foi Deus quem exaltou Maria! O verdadeiro cristão tem a verdadeira devoção mariana, que é o comprometimento com a sociedade, com as grandes causas sociais, e com a vida de oração.Maria se identifica com o povo, e o povo se identifica com Maria. Maria também está na raiz dos grandes fatos históricos. Maria é a Mulher que leva a vitória!Deus veio até nós por meio de Maria. É por meio de Maria que nós vamos até Deus. Essa é a lógica de Deus. Queremos ser mais inteligentes do que Deus?
Portanto, Maria é uma das manifestações do Amor de Deus para a humanidade. O que pode curar as angústias da alma humana senão uma experiência profunda de amor sincero?
Na sua entrega serena e confiança genuína, Maria contribui para nos mostrar que verdadeiramente a fé é uma força psíquica, especialmente quando praticada. A fé renovada é alimento para a manutenção da esperança.
No fundo, sabemos que todo ser humano tem esperança de plenitude! A plenitude está no cumprimento do ensinamento do filho de Maria. “Faça tudo o que Ele (Jesus) vos disser.” (Confira em João 2, 5).
Um ensinamento que foi reconhecido por ser a Psicologia mais eficaz no alívio das angústias da alma humana – um reconhecimento feito por profissionais da saúde mental, dentre eles o psiquiatra brasileiro Augusto Cury, o psicólogo dos Estados Unidos Mark W. Baker, e o psicólogo italiano EzioAceti.
Maria é exemplo de perseverança, comprometimento. Em Psicologia sabemos que quando a mente é treinada numa disciplina civilizatória, respeitosa, pacífica, o bom resultado disso só pode ser saúde mental, equilíbrio emocional e proveitosa convivência social. Todos ganham: o indivíduo, a comunidade, a cidade, cada Estado, cada país e todo o planeta!
“Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”, disse Maria (Lucas 1, 48). Bem-aventurada quer dizer feliz. E os motivos da felicidade de Maria já foram citados. “O Senhor realizou em mim maravilhas” (Lucas 1, 49).
Maria é modelo de ternura, maternidade, família, diálogo, educação, convivência, requalificação de vida. É modelo de oração, silêncio, integração espiritual. Modelo de meditação e serenidade.
Note bem: são virtudes psicológicas femininas que, quando assumidas pelas mulheres e mamães por aí, gerarão filhos mais confiantes, menos ansiosos, mais compassivos e comprometidos com a felicidade coletiva.
Ninguém influi tanto e definitivamente na personalidade de um ser humano quanto sua mãe.
Eis Maria como exemplo.
 
 
 
 
 
 

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