PLURALIDADE É A SALVAÇÃO DO MUNDO CIVILIZADO
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
Imagem: Divulgação
A barbárie não tem limites nem compaixão. O retorno de extremistas religiosos e milicianos ao poder no Afeganistão é temerário e joga mais trevas em nossa combalida civilização.
Vinte anos depois de os EUA invadirem o território afegão, após os atentados do 11 de Setembro de 2001, o grupo fundamentalista Talibã retomou o governo, com a fuga do presidente do país.
O mundo ficou chocado com as cenas de caos e horror de civis agarrados a avião em decolagem para fuga em massa, alguns caindo para a morte. A retirada das forças norte-americanas do país ocorreu de forma humilhante, um patético fiasco do imperialismo. Os milicianos apenas ocuparam o vácuo de poder. É bom lembrar que os talibãs são crias dos EUA na retirada das tropas da antiga União Soviética do país.
O retrocesso é desolador, as afegãs estão angustiadas, no regime brutal dos talibãs, de 1996 a 2001, foram vítimas de violência, proibidas de estudar e trabalhar e obrigadas a se casar e usar a famigerada burca.
O Talibã é uma milícia extremista que cresceu no combate ao comunismo, despreza a ciência, cultura e educação, persegue minorias e submete as mulheres a arbitrariedades misóginas. Os radicais idolatram a divindade, pátria, família e armas. A semelhança com seres no poder de uma republiqueta de bananeiras é algo tenebroso, onde o fundamentalismo religioso também faz valer a sua imbecilidade.
Contra a barbárie é crucial a defesa da democracia, promovendo a pluralidade em todas suas formas, principalmente religiosa e política, pois se trata da salvação do mundo civilizado.
